Obra
de Gandini O estilo do Khamsin é único: a última evolução do supercarro italiano de motor dianteiro, algo que nem o moderno Ferrari F550 Maranello conseguiu superar. O carro é da era dos grandes estilistas italianos, época em que pessoas como Gandini, Giugiaro, Scaglione e outros ainda mantinham uma batalha pessoal sobre quem era o melhor. Nesse ponto, o Khamsin é a última arma de Marcello Gandini na batalha com seu maior rival: Giugiaro. |
Motor à
frente, cabine recuada: uma configuração que os supercarros O carro que o Khamsin substituiu em
1972 era o famoso
Ghibli, uma das maiores criações de Giugiaro. Apesar de belíssimo, este não é tão dramático como o Khamsin. O carro de Gandini, mais anguloso (como o
Countach da mesma época), é de um desenho simples mas com toques de gênio: dois volumes básicos, bem definidos por linhas quase sem curvas, separados por um "chanfro" suave por toda sua extensão. Magnífico! Enquanto o Ghibli é suave, um Khamsin é feroz até parado. |
O V8 de 4,9
litros era evolução do lançado no 450S, que foi o motor dianteiro
de competição mais potente até os anos 90. No Khamsin desenvolvia
320 cv e um torque generoso |
Construído totalmente em alumínio, esse motor foi lançado em 1956 no famoso 450S (com 4,5 litros e 400 cv),
que foi o mais potente carro-esporte de competição com motor dianteiro até o Panoz LMP da década de 90. Mais tarde seria usado em todos os carros de rua da empresa realmente importantes (5000 GT,
Bora, Ghibli, Khamsin, Quattroporte), e continua até hoje um exemplo de suavidade e força a qualquer rotação. Ao contrário dos V12 "Colombo" de 3,0 litros que definiram a Ferrari como marca, o Maserati V8 é também um prodígio em elasticidade, além de eficiente nas altas rotações. |
O interior
aproveitava componentes de carros bem mais baratos, comprometendo o
conjunto, mas oferecia o conforto esperado em longos percursos |
As suspensões também eram de primeira linha: duplo "A" de comprimentos diferentes (double
wishbone) nos quatro cantos, algo muito sofisticado e caro para a época, porque tornava necessário um diferencial fixo,
semi-árvores e juntas homocinéticas na traseira. Se fosse adotado um
eixo rígido, como o do Ghibli, poderia ser comprado completo "da prateleira" de algum fornecedor.
Continua |
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