Meu estepe no lado esquerdo, na vertical, facilita uma troca de roda se o porta-malas estiver todo ocupado. O grande compartimento pode ser ampliado para 870 litros graças aos encostos do banco traseiro rebatíveis, o que nunca se vira em carros nacionais de três volumes como eu. Além disso, os passageiros do banco de trás têm acesso ao porta-malas.

No GLS era usado o motor do Monza, mas com 116 cv. Apesar do peso elevado,
o Omega conseguia desempenho compatível com a proposta da versão

No meu interior, muitos itens eram desconhecidos na produção brasileira. Havia quatro alças escamoteáveis de teto, ajuste de altura do banco do motorista por meio de alavanca telescópica e instrumentos de perfeita visibilidade, com grafismo claro e de grandes dimensões, ideal para aqueles que têm presbiopia ('vista cansada'). Também pela fácil visualização, o relógio da versão GLS era analógico -- exceto quando havia o opcional computador de bordo, de série na CD.

Este meu acabamento trazia também toca-CD em separado do toca-fitas (opcional), dupla regulagem de apoio lombar e ajuste elétrico do facho dos faróis. Com transmissão automática, oferecia ainda controle automático de velocidade, inédito em carro nacional, e painel digital de cristal líquido, que alguns apreciavam muito. No interior do porta-luvas, uma válvula corrediça permitia manter o interior do compartimento com a temperatura do habitáculo. Na prática, uma 'geladeirinha'.

Segurança intrínseca   Quando nasci, surpreendi numa série de detalhes de segurança. Meus retrovisores possuem enorme área e proporcionam uma retrovisão excelente. Seu aquecimento ajuda a eliminar água da chuva acumulada. Esta, aliás, não se acumula nas janelas laterais traseiras e nem no vidro do vigia. Tudo questão de boa aerodinâmica.

Da posição de dirigir ao painel digital, um carro elaborado com perfeição para o prazer do motorista. O sistema de áudio era composto por toca-fitas e toca-CDs separados

Os vidros de controle elétrico contam com proteção para as mãos frágeis das crianças, pois retrocedem quatro centímetros se encontram a menor resistência quando estão subindo. E os comandos de todos os vidros são do tipo um-toque tanto para subir como para descer. Se eu me envolver num acidente, minhas portas destravam-se automaticamente, facilitando a retirada das pessoas de meu interior, e minhas luzes internas e pisca-alerta se acendem.

Minha aeração interna é perfeita. Consigo eliminar o ar viciado do interior com grande eficiência, estando as janelas fechadas, fator que evita sonolência do motorista nas viagens longas. Duas pessoas podem fumar ao mesmo tempo, sem que a fumaça se concentre em meu interior. Pena que meu primo Vectra não tenha essa qualidade.
Continua

Rekord, o antecessor
Antes do Omega, o sedã médio-grande da Opel chamava-se Rekord. A primeira geração foi lançada em 1960, a segunda (B) em 1963. Dois anos depois surgia a geração C, que serviria de base para o Opala brasileiro em 1968. Ainda anteriores ao Omega foram os Rekords D, lançado em 1972, e E (foto), fabricado de 1978 a 1986. Este, um amplo quatro-portas com 2,67 metros de distância entre eixos, no estilo lembrava muito o primeiro Monza. (F.S.)
Senator: testado no Brasil
Em paralelo ao Rekord e depois ao Omega, a Opel fabricava o Senator, um sedã ainda mais luxuoso, lançado em 1979. Sua segunda geração, de 1988 (ao lado), chegou a ser apresentada em "clínicas" (pesquisas de opinião com potenciais compradores) no Brasil, mostrando que a GM ainda não havia se definido entre ele e o Omega. A escolha final, todos sabemos. (F.S.)

Carros do Passado - Página principal - e-mail

© Copyright - Best Cars Web Site - Todos os direitos reservados