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Comparativo Completo

Dirigindo a Palio Weekend 2001 nota-se a suavidade de rodagem, gerada pela suspensão mais macia e os pneus maiores que nas anteriores -- 175/70-14, quase tão altos quanto os 175/80-14 da versão fora-de-estrada Adventure. Ganha-se em conforto, sem dúvida, mas a precisão de resposta e a estabilidade saem prejudicadas. A direção bem rápida acentua, agora, a rolagem do veículo nas curvas tomadas mais rapidamente, embora a segurança não seja comprometida.

A suspensão mais firme com pneus da série 50, opcionais, e o elevado torque do motor 1,8 fazem da Parati a escolha mais acertada para quem busca esportividade
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A Parati é nitidamente mais firme e, pelo contrário, oferece pneus 195/50-15 que a tornam tão estável quanto um esportivo. A Escort fica em situação intermediária, com suspensão e pneus "comportados", bem a seu estilo. As três passam bem por lombadas e oferecem freios eficientes. Na Weekend e Parati pode-se solicitar sistema antitravamento (ABS) como opcional.

Colaboram para a segurança ativa da Palio e da Parati os ótimos faróis de superfície complexa e duplo refletor e as luzes dianteiras de neblina (também traseira na VW), evoluções que faltam à Escort GL. Mas só esta vem com repetidores de luzes de direção nos pára-lamas, item que a Fiat adiciona aos Palios exportados, mas insiste em economizar no mercado interno.

Em segurança passiva, perde a Ford por não oferecer bolsas infláveis e encostos de cabeça traseiros nem como opcionais, ao contrário das outras. A proposta básica da Escort GL não justifica que o consumidor se prive de itens de segurança oferecidos de série em um modelo de segmento inferior, o Clio RL da Renault. Exclusiva da Palio é a possibilidade de desativar a bolsa inflável do passageiro. Continua

Comentário técnico
> O motor Fire 16V da Fiat é dos mais modernos da produção nacional. Entre seus destaques estão a alta taxa de compressão (10,2:1, possível pelo uso de sensor de detonação), bielas 40% mais leves que as comuns, coletor de admissão em plástico, polia única para os dois comandos de válvulas, central eletrônica micro-híbrida e correia dentada do comando com intervalo de substituição de 100.000 km. Saiba mais sobre essas características.
> Segundo a Fiat, 80% do torque máximo estão disponíveis a 1.500 rpm e 90% a 2.000 rpm, com uma curva quase plana até 5.000 rpm. Embora Ford e VW não divulguem índices semelhantes, percebe-se nestas uma excelente distribuição do torque, que atinge seu pico já a 2.250 rpm na Escort.
> O motor Zetec Rocam da Ford também merece elogios por inovar, no Brasil, com o acionamento roletado das válvulas (já presente também no motor Renault 16V de 1,0 e 1,6 litro). Saiba como funciona. Também tem coletor em plástico e a correia dentada de distribuição dá lugar a uma corrente interna, como nos Porsches, que promete longa durabilidade.
> A Palio dispensa cabos metálicos nos comandos de embreagem, hidráulico, e acelerador, que é eletrônico (drive-by-wire). As metas são suavizar o acionamento, evitar a transmissão de vibrações para o interior e, no caso do acelerador, minimizar os trancos quando o pedal é movimentado bruscamente.
> O câmbio da Parati tem o melhor cálculo em função do desempenho: na velocidade final o motor gira a 5.150 rpm, apenas 100 abaixo do regime de potência máxima. Na Escort a rotação fica cerca de 200 rpm abaixo, e na Palio Weekend, 650 rpm abaixo daquela onde está a maior potência.
> Parati e Escort adotam o mesmo esquema de suspensão traseira, com eixo de torção. Embora eficiente, o eixo com braço arrastado da Palio promove total independência entre as rodas, em benefício do conforto e da estabilidade. A suspensão dianteira se equivale nas três: McPherson com subchassi.

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