Onde o Tracker deixa o RAV4 comendo
poeira é na economia de combustível. Não só possui marcas de consumo equivalentes às de um bom carro a gasolina (em cidade, 11,6 km/l; em estrada, 14,5 km/l), como também usufrui do subsídio que o diesel recebe no País, tornando os abastecimentos muito
mais baratos. Um tanque cheio (66 litros) daria para cerca de 950 km e custaria
apenas R$ 52, considerando o diesel a R$ 0,80. |
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Nada como rodar a
diesel: um tanque do Tracker permite rodar 950 km e abastecê-lo custa a
metade do RAV4, que roda cerca de 570 km |
A Toyota omite o consumo, mas
se estimarmos 10 km/l em estrada, o tanque de 57 litros resultaria em 570 km de autonomia
a um custo de R$ 102 (gasolina a R$ 1,80). Para rodar os mesmos 950 km do tanque do oponente, o RAV4 gastaria cerca de R$ 170, ou
3,2 vezes o total do Tracker. A menos que a consciência pese por utilizar um combustível que o governo subsidia para conter os custos de transporte coletivo e de carga, não há como não ver nessa diferença um fortíssimo apelo em favor do GM -- a que a Toyota deveria estar atenta, trazendo logo sua versão turbodiesel já lançada na Europa
(saiba mais). |
Apesar de não
oferecer reduzida, a transmissão do RAV4 -- com tração integral
permanente e diferencial central -- é mais prática e não tem as
restrições de uso em asfalto do concorrente |
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Mas há outras diferenças no aspecto transmissão: enquanto a GM adota as opções 4x2 (tração traseira), 4x4 e 4x4 reduzida, comandadas por alavanca no console, a Toyota
optou por tração integral permanente, sem redução. Pode parecer mera questão de tracionar ou não as rodas dianteiras o tempo todo, mas não é só: 4x4 permanente implica diferencial central
(saiba mais sobre técnica). |
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O Tracker no Alto
do Lajeado, em Campos do Jordão, a 1.743 metros de altitude: motores
turbo levam vantagem nessas condições, mantendo a potência que têm
ao nível do mar |
O Toyota é superior na suspensão traseira independente, que contribui em muito para um rodar mais suave e confortável (ainda que algo ruidoso) que o
do eixo rígido usado no GM. Os praticantes do fora-de-estrada mais severo gostam
de eixos rígidos -- o Jeep Grand Cherokee, por exemplo, os utiliza até na suspensão dianteira -- por sua robustez, mas estes são
veículos para uso em cidade, estrada e trilhas leves, terrenos em que o sistema independente é mais eficiente, tanto em conforto quanto em comportamento dinâmico. |
A suspensão
traseira independente do RAV4 contribui para um rodar suave e
confortável, tornando-o muito conveniente para o tráfego em pisos
irregulares |
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O pacote de segurança
passiva é amplo nos dois: bolsas infláveis frontais, encostos de cabeça e cintos de três pontos para quatro ocupantes --
o cinto é para os cinco no RAV4, com interessante arranjo em que fica recolhido junto ao teto quando fora de uso, como na Renault Scénic. Outras vantagens suas são os faróis de neblina, a luz traseira de mesmo fim e o retrovisor esquerdo
convexo, de campo visual maior que o plano do Tracker. Os faróis de ambos são eficientes, com refletor de
superfície complexa e lente de policarbonato.
Continua |
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