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Carros do Passado

No interior também discreto, o espaço para cinco passageiros com conforto era um destaque; outro, os confortáveis bancos dianteiros, reclináveis e com encostos de cabeça. Sua publicidade nos EUA destacava o espaço para pernas e cabeça similar ao de um Rolls-Royce — por 16% de seu preço. O painel exibia dois grandes instrumentos circulares (com conta-giros nas versões superiores) e dois menores, em estilo similar ao do primeiro Passat brasileiro, e tinha um revestimento simulando madeira em uma grande área. O volante de três raios conferia certa esportividade.

Os primeiros modelos tinham dois faróis retangulares, mas o conjunto com quatro circulares logo era adotado na versão GL e oferecido como opção às demais

Técnica peculiar   À parte a transmissão, com câmbio de quatro marchas (alavanca no assoalho) e tração dianteira, tomada emprestada do Super 90, todo o conjunto mecânico era novo. O motor de quatro cilindros em linha, comando de válvulas no cabeçote e 1.760 cm³ vinha em três versões, diferenciadas pela taxa de compressão e carburação: 80 cv no carro básico, 90 no S e 100 cv no LS, este capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 11,9 segundos e de atingir 172 km/h.

A suspensão traseira não adotava o eixo de torção do primeiro Audi, conceito que o grupo VW usaria em massa nos futuros modelos: a marca preferiu um eixo rígido com barras de torção e barra Panhard. A dianteira era independente com braços sobrepostos, também anterior ao uso do conceito McPherson, que começaria com o modelo 80 de 1972. A direção, contudo, já usava caixa de pinhão e cremalheira — o que motivava outra publicidade, referindo-se a essa semelhança com os Ferraris.

O sedã de duas portas era bastante harmonioso. Ao lado, o anúncio destacando o espaço traseiro "de Rolls-Royce"

Característica técnica interessante eram os freios dianteiros a disco montados junto ao câmbio (inboard) e não nas rodas, o que reduz o peso não-suspenso, mas dificulta a dissipação de calor dos freios. A solução mostrou um problema: o risco de um vazamento de óleo atingir os discos e prejudicar sua eficiência. Em 1970 a marca aprimorava o sistema e oferecia um reparo aos carros já vendidos. E, claro, aproveitava mais uma oportunidade de comparar o 100 a um grande carro — o Porsche 917 de competição, também com discos internos.

Tanto na concepção geral quanto em detalhes como os freios, o 100 mostrava semelhanças com o K70, o primeiro VW a romper as tradições da marca (saiba mais). Mas o Audi nascia já com motor de maior cilindrada e destinado a um segmento superior de mercado.
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Os especiais
A tradicional empresa alemã Karmann, parceira de longa data do grupo Volkswagen (já transformava Fuscas em 1949; saiba mais), desenvolveu uma versão conversível para o 100 de primeira geração, no início da década de 1970. A capota ficava totalmente oculta quando aberta e o modelo, derivado do sedã de duas portas, ganhava charme e elegância.
Diversas preparadoras também puseram as mãos no 100. Empresas como Abt, Zender (ao lado uma Avant da última geração), Projektzuo, Oettinger e outras ofereciam ampla gama de acessórios e modificações, como suspensão esportiva, rodas especiais, spoilers e aerofólios. Alguns produtos são oferecidos até hoje, para que os adeptos da personalização possam mexer em seus velhos Audis.

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