O Blazer perdia o prefixo S-10, porque o utilitário pesado havia sido renomeado Tahoe, e ganhava ABS nas quatro rodas e bolsa inflável para o motorista. A versão de três portas exibia uma esportiva coluna inclinada na seção traseira. Para o picape havia a suspensão esportiva ZQ8 e as versões ZR2, fora-de-estrada, e SS10, com rodas mais largas, pneus de perfil mais baixo, menor altura de rodagem e atraente decoração. Algumas unidades do SS chegariam ao Brasil via importadores independentes.

A renovação mudou mesmo o S10: estava arredondado e bem mais atraente, ainda oferecendo muitas opções de suspensão, acabamento e motorização

Dos motores anteriores, apenas o V6 4,3 era mantido, com opção entre injeção monoponto (165 cv) e outra com efeito seqüencial (195 cv; leia adiante). Também inédito era o 2,2-litros com injeção multiponto, 118 cv e comando no bloco, sem relação com o utilizado aqui. Um ano depois, para 1995, o S10 (a nova geração eliminava o hífen) recebia bolsa inflável para o motorista, sistema de faróis meia-luz, mantidos acesos todo o tempo para melhor visibilidade pelos outros motoristas (também no Blazer), e opção de cabine estendida no ZR2.

Essa cabine ganhava, em 1996, uma terceira porta do lado direito, enquanto a caçamba vinha no estilo Sportside, com pára-lamas salientes, como em picapes antigos. O V6 era disponível em versões de 175, 180 e 190 cv e o 2,2 tinha injeção seqüencial. O modelo 1997 exibia melhorias no chassi e câmbio automático de quatro marchas; o Blazer oferecia teto solar. Um ano depois chegavam freios traseiros a disco, para versões 4x4, e bolsa inflável para o passageiro, com desativação para o transporte de crianças naquele banco.

O Blazer seguia o processo evolutivo, um ano depois, e desenvolvia 195 cv na versão mais potente do motor V6 de 4,3 litros

Inspirada no clássico estilo do Silverado, com duas fileiras de luzes na parte dianteira, a Chevrolet aplicava uma reestilização frontal ao S10 e ao Blazer em 1999. A parte inferior, contudo, trazia apenas as luzes de posição e direção. Vinha também o esportivo S10 Xtreme, com tração traseira, suspensão ZQ8, altura de rodagem 20 mm menor, rodas de 8 x 16 pol com pneus 235/55 e anexos aerodinâmicos. Oferecia cabines simples e estendida, caçambas normal e Sportside e motores 2,2 e 4,3.

A tração integral passava a ter acionamento automático em caso de perda de aderência das rodas traseiras. Com o lançamento do TrailBlazer, em 2001, a Chevrolet desacelerava a evolução do Blazer. Surgia a versão Xtreme, com os mesmos elementos do picape, e a LT passava a ter o sistema OnStar de assistência por satélite.

Curiosamente, só nesse ano o S10 americano ganhava opção de cabine dupla, que existia desde 1996 no Brasil (leia adiante). Para 2002 o Blazer mudava em detalhes de acabamento e trazia a alavanca de câmbio automático no console, no modelo de três portas; o S10 recebia a versão ZR5. Um ano depois, o motor V6 passava a ter injeção multiponto seqüencial. O 2,2 permanece disponível para o picape, mas ele também está em fim de carreira: a Chevrolet já lançou seu sucessor, o Colorado.

Uma das últimas evoluções: a versão Xtreme, que adiciona esportividade à carroceria de três portas

Chegando ao Brasil   A descoberta de um novo tamanho de picapes, intermediário entre os pequenos (derivados de automóveis e praticamente exclusivos de nosso mercado) e os grandes (Ford F-1000, linha Chevrolet 20), também ocorreu no Brasil, cerca de 10 anos após os EUA. Com a abertura das importações, em 1990, logo chegaram os japoneses Nissan, Toyota, Mazda e Mitsubishi, despertando a atenção de nossos fabricantes.

Em fevereiro de 1993 era definida a nacionalização do S10, com um atrativo adicional: uma reestilização que o deixaria mais moderno e elegante. Jack Finegan, diretor de Design da General Motors do Brasil, um americano chegado à empresa em 1976, desejava um estilo mais próximo de um automóvel, sem a frente dominada pela grade comum nos EUA.
Continua

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