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Cupê GTC em versão OPC de 240 cv, perua Caravan e conversível Twin Top, agora na terceira geração da linha: linhas atraentes e soluções técnicas modernas

O motor mais potente permitia acelerar de 0 a 100 km/h em oito segundos e havia opção entre câmbio manual de cinco ou seis marchas, automático e manual automatizado Easytronic. Depois dos hatches de três e cinco portas, a linha era ampliada em maio do ano seguinte com a perua, desta vez com entreeixos 9 cm maior e ajuste longitudinal do banco traseiro.

O cupê estreava no Salão de Paris, em setembro de 2004, denominado GTC, assim como o conceito que o antecipou (leia boxe). Trazia uma inovação mundial: um teto panorâmico de vidro que surgia no pára-brisa, sem interrupção. Em fevereiro seguinte a versão OPC elevava seu patamar de desempenho, com 240 cv no motor 2,0 turbo e 0-100 em 6,4 segundos. E o conversível Twin Top, com teto rígido de acionamento eletroidráulico, vinha no evento de Frankfurt em 2005. Nesta geração a Opel ficou sem o três-volumes, mas no Brasil a GM desenvolveu o novo Vectra com uma seção frontal da carroceria muito similar à desse Astra — só que com mecânica bem mais antiga.

Da Bélgica para o Brasil   Ao contrário do Kadett, que passou a ser fabricado por aqui em 1989 com a pompa de romper um jejum de cinco anos sem carros inteiramente novos, o Astra surgiu no Brasil quase como uma solução emergencial. Em 1994, quatro anos depois da abertura do mercado aos importados, a GM constatava o sucesso da Fiat com o Tipo, que vinha da Itália com um conjunto interessante a preço de carro nacional. O Escort havia passado a uma nova geração em 1992 e dele nasciam o Logus e o Pointer, da Volkswagen, que também iniciava por aqui as vendas do Golf. Assim, uma década depois de seu lançamento europeu, o Kadett não escondia o peso da idade diante dos novos adversários. Continua

Nas pistas

O Astra participou de várias categorias de carros de turismo nas competições européias. No BTCC (British Touring Car Championship) inglês, acima, as duas últimas gerações acumulam quatro títulos consecutivos, de 2001 a 2004, nas mãos de James Thompson (duas vezes), Jason Plato e Yvan Muller. Hoje a versão cupê do Vauxhall Astra acelera junto de Honda Civic Type R e Seat Leon, entre outros.

O Astra cupê da Opel correu de 2000 a 2003 no DTM (Deutsche Tourenwagen Masters) alemão, acima, mas neste caso apenas a aparência externa era similar à do modelo de rua. Por baixo, o carro usava um chassi tubular e um motor Oldsmobile V8 de 4,0 litros, com potência limitada a 470 cv, tração traseira e câmbio seqüencial de seis marchas. Ao lado de modelos com o aspecto do Audi TT e do Mercedes-Benz CLK, o Astra teve resultados razoáveis, embora não tenha conquistado nenhum campeonato. Na temporada de 2004, com a imposição pelo regulamento de que as carrocerias fossem de sedãs quatro-portas, a Opel passou a usar o estilo do Vectra.

O Astra também tem brilhado nas pistas brasileiras, mas não com sua própria mecânica: a exemplo do DTM, por aqui apenas a carroceria de plástico com

fibra-de-vidro segue suas linhas. Trata-se da Stock Car, mais tradicional categoria monomarca do País, que desde 1979 também usou Opala, Omega e Vectra.

Em 2003, com a definitiva aposentadoria do Omega na classe Light, o modelo com estilo de Astra hatch (acima) assumiu sua posição. Para surpresa de quem imaginava o carro de rua competindo, os veículos usavam um chassi tubular e o veterano motor de seis cilindros e 4,1 litros do Opala, alimentado por carburador, com 330 cv. Curiosamente, a GM divulgou que o carro era "baseado no Astra GSi"...

Na temporada seguinte, como preparação para a saída de cena do Vectra de segunda geração, eram substituídas as carrocerias da categoria principal da Stock (acima), de maior potência. O Astra Sedan era agora a inspiração para a carenagem, que vestia o chassi tubular e o motor V8 de 5,7 litros e 450 cv importado dos EUA. Hoje a mecânica "veste" carrocerias com aparência de Mitsubishi Lancer e Volkswagen Bora, em uma curiosa disputa de carros diferentes por fora e idênticos por dentro.

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