O
Shamal, um ano depois, foi um dos modelos mais marcantes da linha,
tanto pelo estilo "nervoso" e atraente quanto por soluções depois
estendidas aos demais. O nome vinha (como o de outros Maseratis) de um
vento, no caso um vento quente que sopra na Mesopotâmia. Baseado no
entreeixos curto, suas formas eram "musculosas", com pára-lamas
abaulados, saídas de ar no capô, faróis menores com máscaras negras e
uma faixa que ligava as colunas centrais dos dois lados, passando pelo
teto, como a barra de proteção de um targa. Eram assinadas por
Marcello Gandini, o autor do Lamborghini
Countach.
Em vez do conhecido V6, o Shamal trazia um V8 dele derivado, com 3,2
litros, 32 válvulas e, claro, dois turbos. Desenvolvia estimulantes
325 cv, que levavam o pesado cupê (mais de 1.400 kg) de 0 a 100 km/h
em pouco mais de cinco segundos e permitiam máxima de 270 km/h. Para
lidar com todo o desempenho, tinha freios a disco ventilado nas quatro
rodas, diferencial autobloqueante,
câmbio da alemã Getrag com seis marchas, nova suspensão traseira e
amortecedores Koni, de controle eletrônico, cuja carga era ajustada em
quatro níveis pelo motorista, mediante um comando no console. No
acabamento interno sóbrio, apenas o pomo do câmbio usava madeira.
|