Decadência e renascimento Em 1971, porém, a festa acabava. O LT1 perdia taxa de compressão, 40 cv e boa parte de seu famoso apetite por altas rotações e velocidades. A culpa era a imposição pelo governo americano de gasolina sem o chumbo tetraetila e com menor octanagem. Nos anos seguintes, as legislações de emissões poluentes e o embargo de petróleo da OPEP pegariam a indústria americana de calças curtas, com conseqüências desastrosas. Os americanos, incrédulos diante da situação inusitada, ficaram por quase toda a década apáticos, fazendo tentativas cômicas de reduzir consumo e emissões de seus veículos, enquanto as indústrias japonesa e européia, acostumadas a desenvolver motores e carros mais econômicos, ganhavam mercado a passos largos. |
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Em 1974, época da primeira crise do petróleo, o ponto mais baixo da história do V8 350: oferecia apenas 145 cv a 4.000 rpm no Camaro Type LT |
O
Chevy small-block não ganharia potência nesta década. Giraria
bem menos e se tornaria uma sombra do que já fora, chegando em seu
ponto mais baixo no 350 mais fraco de todos os tempos, lançado em
1973: 145 cv a meras 4.000 rpm (é verdade que a potência era
líquida, padrão adotado em 1971 que
resultava em valores nominalmente mais baixos). Amordaçados com
catalisadores primitivos, comandos mortos e taxas baixas, essas
medíocres versões se espalharam por toda a linha. No final dos anos 70
nascia uma família de V6 derivada do V8 small-block, precursora
do Vortec 4,3-litros que seria usado em nossos
S10 e Blazer (diâmetro e curso
idênticos ao do V8 350 — plena modularidade). |
Em 1982, o início da recuperação: chegava um novo Camaro, com 190 cv na versão Z/28, valor que cresceria bastante nos anos seguintes |
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As
coisas só começaram a melhorar, ainda que lentamente, em 1982 com o
lançamento de uma nova geração de Camaro (e seu gêmeo Pontiac Firebird),
seguido do Corvette C4 um ano depois — este um carro de mecânica
impecável, com o motor em posição dianteira entre eixos. Mas a melhoria
era apenas relativa à penúria que se tinha até então: o Camaro mais
potente (Z/28) fornecia 190 cv, tirados de um 305 com injeção monoponto,
e o 350 com duas dessas injeções no Corvette chegava a cômicos 205 cv. |
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O Corvette Twin Turbo de Callaway: com uma aparência discreta, fornecia 382 cv e 78 m.kgf de torque, em um motor balanceado e que prometia durabilidade |
No
ano seguinte o Corvette recebia cabeçotes de alumínio, para reduzir
peso, e mais 10 cv com a maior taxa de compressão. Em 1987 o Camaro
ganhava também o 350 como opcional, mas com cabeçotes de ferro fundido.
Um ano depois, se o comprador marcasse um "X" na opção RPO B2K quando
encomendasse seu Corvette, duas coisas aconteceriam: a primeira é que
receberia um Corvette praticamente idêntico em aparência a um modelo
normal, mas custando quase o dobro; a segunda é que ele viria equipado
com um small-block biturbo com 382 cv e nada menos que 78 m.kgf a
apenas 2.500 rpm. |
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