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Os motores passavam a ter bloco de alumínio. Eram o 1,3 de 75 cv, o 1,6 de 113 e o 1,8 de 140 cv, mas já havia até um V6 de apenas 1,6 litro (um dos mais compactos do mundo), 24 válvulas e 150 cv. O destaque do projeto era o espaço interno, o que a ampla área envidraçava tratava de valorizar, e o motor 1,4 MVV (Mitsubishi Vertical Vortex). Com estilo mais comedido, o sedã Lancer tinha sob o capô seus maiores trunfos, como o motor 1,8 turbo de 195 cv. Foi nessa geração que os dois modelos foram vendidos no Brasil pela primeira vez.

Só em 1992 estreava a perua com os traços dessa geração. Era a Libero, com opção de tração integral e motor 2,0 turbodiesel. Nesse ano era também apresentado o que viria a ser o ponto alto de todo o projeto Colt/Lancer: o Lancer Evolution (leia boxe). Resgatando a esportividade proposta pela primeira vez pelo Colt 1500 Sport Sedan de 1966 e tão bem explorada pelos Lancers de rali dos anos 70, a versão tinha como meta o Campeonato Mundial de Rali e receberia atualizações praticamente a cada ano.

A linha 1995 inaugurava uma nova geração do Colt, dessa vez balanceando linhas arredondadas com ângulos, como evidenciavam os faróis e as lanternas verticais. Em sua sétima geração, o Lancer estava um pouco maior e seu estilo mais imponente e aerodinâmico, com Cx de 0,30. As lanternas traseiras alcançavam o topo da tampa do porta-malas, inspiradas nas do Mercedes-Benz Classe C de dois anos antes. Bolsas infláveis frontais estavam disponíveis. A versão GTI de 140 cv atingia 210 km/h.

Em 1999 nascia o Mirage Dingo, um pequeno monovolume exclusivo para o mercado japonês. Seu interior podia ser modulado para até cinco lugares e ele trazia motor 1,5 de 105 cv. Era um carro que apontaria a direção para o novo milênio. Um ano mais tarde o Lancer era levemente revitalizado, com o "sobrenome" Cedia a tiracolo. Uma nova perua era incorporada à linha. Câmbio de variação contínua (CVT) era acompanhado dos motores 1,5 e 1,8-litro. Mas foi guardada para 2003 uma verdadeira ruptura entre Colt e Lancer. Continua

Nas telas

No cinema a figura mais fácil de se encontrar, entre todas as fases e versões desse projeto da Mitsubishi, é o Lancer dos últimos anos. Em The Legend of Speed (Lit feng chin che 2 gik chuk chuen suet; Hong Kong,1999), de Wai Keung Lau, um Lancer é emparelhado por um Subaru Impreza.

Jackie Chan e Chris Tucker estrelam a comédia de ação A Hora do Rush 2 (Rush Hour 2), de 2001, de Brett Ratner, em que outro Lancer estaciona ao lado de uma calçada. Jackie também está em Thunderbolt - Ação Sobre Rodas (Pi li huo; Hong Kong, 1995), de Gordon Chan, onde um Lancer amarelo divide a cena com vários outros carros de corrida.

Em Initial D (Tau man chi D; China/Hong Kong, 2005), de Wai Keung Lau e Siu Fai Mak, um Lancer Evolution III e um VI põem seu apelo esportivo em cena. A comédia de ação francesa Taxi 2 (2000), de

Gérard Krawczyk, mostra dois Evolutions VI negros seguindo por uma estrada, além de diversos carros locais. A seqüência do filme, Taxi 3 (2003), do mesmo diretor, traria um Evolution VII de patrulha perseguindo um Peugeot 406 preparado (foto ao lado).

Mulheres e Chantagens (High Heels and Low Lifes; Inglaterra/EUA, 2001), de Mel Smith e com Minnie Driver, mostra um modelo semelhante em uma cena noturna. E em + Velozes + Furiosos (2 Fast 2 Furious; 2003), de John Singleton e com Paul Walker, Tyrese Gibson e Eva Mendes, um Lancer Evolution VII amarelo, todo personalizado (acima), divide uma cena com um Mitsubishi Eclipse conversível roxo, igualmente modificado. Walker, o protagonista, chega a dirigi-lo de marcha à ré em velocidade compatível com a dos carros na estrada, em um dos muitos exageros do filme.