Outra importante novidade vinha a tiracolo com a dieta do Eldo 1979: a nova suspensão traseira independente, com braço semi-arrastado, molas helicoidais e nivelamento eletrônico. Tantas alterações não poderiam vir acompanhadas do mesmo propulsor de 1978. O V8 do rejuvenescido cupê era de 368 pol³ (6,05 litros) e rendia modestos 145 cv a 4.400 rpm. Embora ainda um motor grande, permitia ao Eldorado finalmente se adaptar melhor aos novos tempos de menos peso e potência, em prol de um consumo menor. |
Uma dieta bem-sucedida: o Eldorado 1979 ficava mais compacto e 540 kg mais leve, com a adoção de estrutura monobloco e um motor de 6,05 litros |
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A
maior curiosidade mecânica, no entanto, era o motor a diesel
desenvolvido e lançado em 1978 pela Oldsmobile, tradicional
"laboratório de novas tecnologias" da GM. Também V8, deslocava 350
pol³ (5,75 litros) e rendia só 125 cv. Problemático, seria uma
experiência malfadada para a GM e, especialmente, a Cadillac, o que
abriria precedente para outros equívocos na década seguinte. Mas, pelo
menos de início, o novo Eldorado apresentou vendas saudáveis: 67.436,
ou 44% a mais que o modelo anterior. |
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Desastres em busca de menor consumo: o modelo 1981 trazia um modesto motor V6 de 4,1 litros e o V8-6-4, que desativava até quatro dos cilindros, mas funcionava muito mal |
Na
tentativa de inovar, mas também de atender à demanda por menor consumo,
a marca lançava o V8-6-4, com injeção eletrônica e 140 cv a 3.800
rpm, como propulsor de série do modelo. Baseado no 6,05-litros, usava um
sistema de desativação automática de parte dos cilindros de acordo com a
necessidade. Podia trabalhar com quatro, seis ou oito... quando
conseguia funcionar. É curioso que hoje, com uma eletrônica
incomparavelmente superior, esse recurso tenha voltado com êxito a
motores de várias marcas, da GM inclusive. |
O interior do modelo 1984, época em que o V6 já havia sido descartado. A Cadillac relançava nesse ano o conversível, para irritação de quem pagou caro em 1976 |
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Para 1983, o HT-4100 já rendia 135 cv e o V6 saía de linha. Mas um novo capítulo curioso da história seria virado em 1984: era a volta do Eldorado conversível. Certamente, muitos dos colecionadores que pagaram caro pelo modelo 1976, acreditando ser ele o último a céu aberto, sentiram-se enganados — mais um erro nas estratégias da Cadillac para os anos 80. Novamente chamada de Eldorado Biarritz, era uma conversão pós-fábrica e nunca teria a rigidez do modelo antigo. E, se oito anos antes ele já era caro, o preço de 31.286 dólares limitou a 3.300 o número de compradores da nova geração. Após 1985 a versão desapareceria de vez, assim como o V8 a diesel — que já ia tarde. Continua |
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