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O E-type tinha caixa de câmbio da marca Moss com quatro marchas, sendo a primeira não-sincronizada. A tração era traseira e o diferencial autobloqueante da marca Thornton Power-Lock. A suspensão independente nas quatro rodas usava, na frente, braços triangulares sobrepostos e barras de torção longitudinais, e atrás – inovando na marca – um sistema de braço transversal inferior, tensor longitudinal e locação superior da manga-de-eixo pela própria semi-árvore, com duas molas helicoidais por lado.

O arranjo garantia uma boa estabilidade, com tendência de sair de traseira em curvas fechadas. Os pneus 6,40-15 calçavam belas rodas raiadas com fixação central, um parafuso com bonito desenho trabalhado. A direção, tipo pinhão e cremalheira, algo pesada em manobras, tornava-se suave e precisa em velocidade. Os freios Dunlop, a disco nas quatro rodas, eram assistidos mas não muito eficientes. Os traseiros internos, junto ao diferencial, ajudavam a reduzir o peso não-suspenso.

Por dentro, como exigia a tradição da Jaguar, tudo de muito bom gosto e refinamento. Se o capô era grande, o habitáculo nem tanto. Os bancos dianteiros eram confortáveis, mas limitados – um carro apertado. Atrás do volante, com três raios de alumínio e aro de madeira, havia uma vasta instrumentação de boa qualidade da marca Smith. Bem diante dos olhos do motorista ficavam o conta-giros e o velocímetro. À frente das alavancas de marchas e do freio de estacionamento, com acabamento cromado, estavam sobre uma chapa de alumínio mais cinco mostradores e seis interruptores elétricos para diversos fins.

Alguns concessionários tiveram o privilégio de sair, após a apresentação em Genebra, para uma volta pela Europa, onde o apresentaram para grandes empresários, reis, rainhas e artistas. O príncipe Rainier de Mônaco – um apreciador de boas máquinas –, junto de Grace Kelly, ficou encantado com o novo felino. Um mês depois, em abril, o carro era apresentado em Nova York. Continua

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No mercado americano pneus de faixa branca eram usados, sem muita harmonia com o conjunto esportivo. No interior, volante de madeira, farta instrumentação e pouco espaço para os dois ocupantes

Nas telas
No interessante filme Ensina-me a viver (Harold and Maude), de 1971, o jovem Harold, interpretado por Bud Cort, é um milionário que vive sem paixões e sem vontade. Achava tudo depressivo. Ele tem um E-type convencional. Porém, armado de um maçarico, faz um trabalho e o transforma num curioso carro funerário. O filme é muito interessante e tem uma ótima trilha sonora com músicas de Cat Stevens. Vale a pena ver. O modelo existe em miniatura (veja boxe Em escala).

Em Corrida contra o destino (Vanishing point), de 1971, Barry Newman faz o papel de Kowalski e pilota um Dodge Challenger. Num dos primeiros pegas do filme, o Dodge compete com um E-type conversível bem surrado. As cenas são muito boas,
mas o Jag leva desvantagem no duelo. Coisas de filme americano...

Em Comboio (Convoy), de 1978, com Kris Kristofferson e Ali MacGraw, ela logo no inicio está dirigindo um E-type conversível marrom, da última série, ultrapassando o grande caminhão de Kris, que faz o papel de Rubber Duck. Um belo modelo para uma bela atriz.

Em Se meu fusca falasse, filme de 1968, de Walt Disney, que se chamou em inglês The Love Bug, aparecem vários concorrentes "sérios" para o Volkswagen. Um deles é um E-type que também não consegue passar pelo valente Fusquinha. Em Austin Powers, filme que faz uma paródia dos agentes secretos, o herói aparece a bordo de um conversível com as cores da bandeira inglesa.
Os apetrechos
Na Europa estão a venda vários produtos com a estampa do Jaguar E-type. São camisetas e guarda-chuvas com o desenho do  esportivo e o fundo British Racing Green tradicional, chaveiros, livros, canecas e porta-objetos. Tudo de bom gosto e bem feito.

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