Já o motor tinha a cilindrada aumentada de 2.393 cm³ para 2.565 cm³, mas ficava menos potente, devido às normas de emissões. Baixava para 139 cv a 5.000 rpm, com torque de 18 m.kgf a 4.400 rpm. Já não era preciso "esgoelar" tanto o seis-cilindros para atingir a potência máxima, mas quando ela chegava o desempenho não era o mesmo de antes. Mesmo assim, o 260Z foi um sucesso e fechou o ano com 63 mil unidades vendidas. No ano seguinte a Nissan introduzia novos ajustes no motor. Mais uma vez o esportivo mudava de nome: passava a 280Z, em alusão ao motor de 2,8 litros. Também ganhava um sistema de injeção Bosch L-Jetronic, que substituía os antigos carburadores Hitachi. A mudança trouxe fôlego ao Z, que passou a oferecer 149 cv de potência a 5.600 rpm e torque de 21 m.kgf.

A falta de fôlego foi logo contornada com o 280Z, de 2,8 litros e 149 cv, potência que ficava pouco atrás do Chevrolet Corvette de 5,7 litros da época

Com a novidade, o carro japonês tornava-se uma excelente opção para quem queria um carro esporte nos EUA, já que o Vette havia chegado ao fundo do poço, com seu tradicional V8 de 5,7 litros desenvolvendo apenas 165 cv e custando bem mais caro que o Nissan. Já o Mustang II, além de carregar uma carroceria decepcionante sobre a plataforma do não menos Ford Pinto, amargurava um patético V6 alemão de 2,8 litros e míseros 105 cv. Se o comprador quisesse mais desempenho, teria que optar por algo muito mais caro, como o Porsche 911, um Ferrari 512 BBi ou 308 GTB, ou até mesmo o exótico e revolucionário Lamborghini Countach.

Já em 1977, perto do lançamento da segunda geração, a Nissan adicionava um câmbio de cinco marchas, que contribuiu mais ainda para economia de combustível, além de dar uma injeção de ânimo no motor, que passou a render 170 cv. Ânimo esse que foi sentido nas vendas, batendo o recorde: 67,3 mil unidades. Dois anos depois nascia o 280ZX, marcando a segunda geração do esportivo. Mantinha as linhas tradicionais do primeiro Z, mas trazia atualizações de estilo como o formato das janelas de trás, pára-choques, pára-lamas encorpados e saias laterais, além de oferecer carroceria de dois lugares ou 2+2. Nesse mesmo ano a Ford lançava uma nova geração do Mustang, com linhas retas, da mesma forma que a Toyota havia feito com o Celica em 1977.
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Para ler
Datsun 240Z & 260Z: Gold Portfolio, 1970-1978 – por R. M. Clarke, Brooklands Books. O conhecido autor compilou grande volume de informações sobre os dois primeiros modelos da série, em 172 páginas em inglês. História, testes, comparativos, dados técnicos e a atuação em competições estão incluídos nesta obra publicada em 2000.

Datsun 280, Nissan 300ZX – por Brian Long, editora Veloce Publishing. Publicado em 1999, dá continuidade à primeira parte do mesmo autor, iniciando-se no modelo 1978 e chegando ao último 300ZX no Japão, em 1996. As 160 páginas em inglês incluem bom material fotográfico e até mesmo materiais internos da marca.
Essential Datsun Z - 240Z to 280ZX: The Cars and Their Story, 1969-83 - por Colin Shipway, Motorbooks International. Publicado em 1994, abrange apenas as duas primeiras gerações, mas com bons detalhes históricos, dos modelos e das competições, além de 120 fotos. Também em inglês.

Datsun Z from Fairlady to 280Z
– por Brian Long, Motorbooks International. Livro de 1998 em inglês, contém apenas os modelos iniciais da série. Além da descrição das versões, tem uma boa história da marca e do carro, dados técnicos, dicas para conservar e restaurar e informações sobre corridas, em 160 páginas.

FS

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