O motor do 280ZX produzia 135 cv, o que não era pouco naqueles anos de míngua. Tanto que a versão mais potente do Mustang, a Cobra II, rendia a mesma potência com um motor de 4,95 litros, o famoso V8 302. Ainda em 1979 a Toyota apresentava o Celica Supra, uma versão apimentada do pacato cupê, mas que rendia parcos 110 cv com um propulsor de 2,6 litros. Nem assim a aura do Z foi abalada e nesse ano atingiu a marca de 86 mil unidades vendidas; de quebra, levou o título de "Melhor Importado do Ano" pela revista Motor Trend, que estava nas mãos do Celica desde 1976. Um ano depois, outra novidade: uma opção targa com dois painéis removíveis, assim como no Corvette. |
O 280ZX de 1979 inaugurava a segunda geração, com formas mais retilíneas e versões de dois e 2+2 lugares, para atender a diferentes públicos |
Em
1981 a direção da Nissan extinguia o nome Datsun, a marca destinada a
exportação, e todos os seus automóveis dentro e fora do Japão passavam a
carregar o logotipo da Nissan. A mudança apontava que as feridas da
guerra pareciam ter-se fechado e que o mercado se sobrepôs à política.
Agora ele passava a oferecer duas opções de motorização na mesma unidade
de 2,8 litros: o de aspiração natural
e o turbo, seguindo o sucesso que a Porsche teve com o 911 Turbo de
1975. |
O teto targa, com seções removíveis acima dos bancos, dava certo ar de conversível ao 280ZX, que em 1981 assumia de vez o logotipo da Nissan, dentro e fora do Japão |
Nova carroceria
O 280ZX manteve-se no mercado até 1983, continuando a ser um sucesso de
vendas e conquistando títulos em competições. Contudo, o peso da idade
já pesava sobre sua silhueta e um novo desenho, dentro dos atuais
padrões estéticos, era necessário. Assim, em 1984, para marcar os 50
anos da Nissan, era lançado o 300ZX, que se rendia aos traços retilíneos
que seduziam a todos — menos ao Porsche 911. |
O cinquentenário da Nissan era celebrado, em 1984, com a terceira geração: o 300ZX, de linhas retas e motor com seis cilindros em "V" |
No entanto, a grande novidade estava sob o capô. O novo propulsor de 3,0 litros deixava de ter os cilindros em linha e passava a "V", além de ganhar duplo comando de válvulas. Além disso, recebia injeção eletrônica multiponto, mais avançada e econômica. Tudo isso fez com que atingisse a potência de 200 cv e um generoso torque de 32 m.kgf, na versão turbo. Esse valor de potência era igual ao do novo Corvette, equipado com injeção Rochester TBI, com pouco mais de metade da cilindrada. Assim o ZX era capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 7,2 segundos. Já o modelo aspirado produzia 160 cv e 23 m.kgf, o que lhe rendia boa folga ante o Celica GT-S, com motor de 2,4 litros e risíveis 104 cv. Continua |
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