Convertido a partir do V8 de 350 pol³ (5,75 litros) a gasolina, usava recursos até interessantes, como o aquecimento do bloco. Antes de dar a partida em dias frios o motorista acionava o sistema, de modo a obter fácil partida após alguns segundos. A adaptação, porém, resultou em desempenho medíocre — eram apenas 105 cv e 27,9 m.kgf a regimes baixíssimos — e na imagem de baixa confiabilidade, o que contribuiu em muito para a má impressão dos motores a diesel que muitos americanos têm até hoje.

O vidro traseiro bem envolvente da versão XS, em 1977, foi associado a um teto targa neste Toronado XSR, que algumas fontes dizem não ter chegado ao mercado

E o Toronado não escapou ao processo de diminuição que atingiu toda a indústria. Sua terceira geração, em 1979, media 5,22 m de comprimento e 2,90 m entre eixos, menor inclusive que o primeiro, e pesava entre 1.700 e 1.835 kg. Com o Riviera e o Eldorado, eram os únicos carros com tração dianteira associada a carroceria sobre chassi, pois já havia inúmeros modelos de estrutura monobloco com tração à frente. O estilo lembrava muito o do antecessor, embora o vidro traseiro estivesse quase vertical, e o interior era definido como um quatro-lugares, ante seis do antigo.

Diante das crises do petróleo (em 1973 e 1979) e das normas de consumo, a Olds recorreu a motores menores. O V8 a gasolina tinha 350 pol³, 165 cv e 38 m.kgf, sendo trocado um ano depois pelo de 307 pol³ (5,0 litros), 140 cv e 33,1 m.kgf. E, além do V8 350 a diesel, surgia em 1981 outra opção que não teve êxito: o Buick V6 a gasolina de 252 pol³ (4,1 litros), 125 cv e 28,3 m.kgf, derivado do tradicional 231 de 3,8 litros, que equipou no Brasil o Omega australiano de 1998 a 2004. Todos mantinham o câmbio automático de três marchas.

Mais um participante da tendência de redução de tamanho, o modelo 1979 ficava com 5,22 metros e adotava motores menores, além da fracassada versão a diesel

Nessa geração estreava a suspensão traseira independente por braço semi-arrastado. Além do ganho em comportamento, sobretudo em piso desnivelado, o conjunto deixava mais espaço útil para passageiros e bagagem. Em 1980 aparecia o pacote XSC, com bancos individuais, console central, volante revestido em couro, retrovisores esportivos e suspensão mais firme. Dois anos depois, volante regulável, memória para o ajuste elétrico do banco do motorista e freios traseiros a disco. Para 1984 vinham painel digital, retrovisor interno fotocrômico e o pacote Caliente, com adereços refinados e meio-teto em vinil. No ano seguinte o motor V6 era descartado. Continua

Os especiais
Além dos conversíveis da TV e do cinema (leia boxe), o Toronado serviu a outras aplicações curiosas.

O modelo 1966 de John Mecom Jr. tornou-se bem mais esportivo com o trabalho efetuado por Dean Jeffries. Frente mais baixa, traseira mais alta, grade dianteira de Dodge Charger, eliminação dos pára-choques e — a maior ousadia — portas do tipo "asas de gaivota" compunham o Deano Toronado (ao lado), que por dentro recebeu bancos individuais.

A Imperial Oil canadense solicitou a George Barris em 1967 três unidades especiais, que foram chamadas de 67-X e sorteadas em um concurso. Os carros receberam cerca de 38 centímetros adicionais na distância entre eixos, bancos dianteiros individuais e um acabamento luxuoso. A frente também foi alongada e ganhou duas tomadas de ar.

Outras criações sobre o Toronado, ainda mais inusitadas, foram uma limusine de oito

portas para serviços de traslado a aeroportos, uma perua e um modelo 1968 encurtado com apenas dois lugares. E não faltou um bimotor: com outro V8 sobre as rodas traseiras, dentro do porta-malas, o Olds ganhava tração integral e potência duplicada, embora os motores pudessem trabalhar em separado.

Em escala

Uma miniatura do Toronado 1966 rica em detalhes é a da americana Fairfield Mint. Em escala 1:18, o modelo dourado tem mais de 120 peças, faróis retráteis e pormenores internos e da mecânica que impressionam.

Também em dourado e em igual escala, o carro da Road Signature tem bom acabamento e o recurso dos faróis escamoteáveis. Está disponível ainda em preto com interior vinho.

A francesa Solido já ofereceu uma miniatura em 1:43 do mesmo modelo, só que em laranja e bem menos detalhada.

Um Toronado 1966 azul claro, com interior preto, foi produzido em 1:18 na época do lançamento do carro como item promocional. Ainda é possível encontrar unidades à venda na internet, como a da foto.

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