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Suspensão hidropneumática O motor do SM, de seis cilindros em "V" a 90°, deixava claro o fato de ser derivado de um V8 — esse ângulo entre as bancadas costuma ser de 60° nos V6. Com duplo comando de válvulas, bloco e cabeçotes de alumínio e cilindrada de 2.670 cm³, era alimentado por três carburadores de corpo duplo da marca Weber e desenvolvia potência de 170 cv a 5.500 rpm, com torque máximo de 24,1 m.kgf a 4.000 rpm.

Seguindo a tradição da marca iniciada nos anos 30 com o Traction Avant, o cupê tinha tração dianteira. Seu desempenho surpreendia: acelerava de 0 a 100 km/h em 8,3 segundos e alcançava 225 km/h — o automóvel de tração à frente produzido em série mais veloz do mundo na época. O câmbio manual contava com cinco marchas. Este propulsor também seria montado no Maserati Merak e no Quattroporte II, além do esportivo Ligier JS2. Continua

O SM e os famosos

Há pouco tempo, privilegiados jornalistas tiveram acesso à garagem do antigo Xá Rezha Parlevi do Irã. O acervo impressiona: são 3.000 carros guardados num amplo espaço, muito empoeirados, pois foram confiscados pelo Estado depois da revolução. Estão lá quase 20 Mercedes-Benz 600 e raridades como um Bizzarrini GT Stradale. E não falta um SM dourado. Não se sabe que destino terão as raridades.

Personagens muito conhecidos da história recente desfilavam em SM. Era o caso de Haile Selassie I, da Etiópia, e do controvertido e pitoresco Idi Amin, de Uganda. Um ex-presidente que adorava automóveis e quase sempre era presenteado com um era Leonid Brezhnev, da antiga União Soviética. Em sua pequena coleção também havia um SM.

Outro presidente, o francês Giscard D’Estaing, passeava incógnito pelas ruas de Paris a bordo de um cupê Citroën. Atores como Lee Majors, o homem de seis milhões de dólares, também possuíam o belo esportivo francês, assim como o grande jogador Johann Cruyff, da seleção holandesa.

O famoso apresentador Jay Leno, que comanda o Tonight Show na TV americana NBC, é um fanático por automóveis antigos e raros. Sua bela coleção está num galpão de 7.000 metros quadrados nos arredores de Los Angeles, na Califórnia. Em seu grande acervo consta um SM 1972 cinza metálico em versão americana. Leno possui cerca de 90 carros e 70 motos e, como ele gosta de dizer, prefere automóveis inovadores, que estiveram à frente de seu tempo. É o caso do SM.

Em escala

A Matchbox, quando era inglesa, fez para a série Superfast uma miniatura em vermelho metálico do SM. A grade e os pára-choques faziam parte do chassi. O interior tinha cor marrom claro e as rodas tinham calotas cromadas. Em 1:63, era muito bem feita para a pequena escala.

A Solido francesa também o prestigiou em escala 1:43, em tons azul escuro e vermelho. Correta, vinha com bonitas rodas, interior detalhado em cor escura, faróis e pára-choques cromados.

Tanto a Solido quanto a Verem (acima) fizeram o conversível Mylord de Chapron em 1:43. A primeira usou carroceria branca e interior preto, e a segunda, um tom cinza escuro com interior bege.

A também francesa Norev fez uma miniatura do SM presidencial na escala 1:43. Muito detalhada, vinha na cor prata com rodas e pára-choques cromados. O interior era marrom claro. A Autoroute e a Universal Hobbies também oferecem o modelo no mesmo tamanho.

Outra opção da Norev foi o SM 1972 de série em escala 1:18. O motor era muito detalhado, mostrando os carburadores, cabos de velas, coletores e mangueiras. Os faróis imitando os originais traziam até o logotipo do fabricante. Bem detalhados também eram o painel e todo o interior.

A versão do Rali de Monte Carlo foi feita em 1:43, na cor azul clara com os adesivos de patrocínio. E há mais um da Norev: o SM policial da Gendarmerie (acima), na mesma escala e cor azul escura.

Um primor é o modelo de série em 1:43 da alemã Minichamps. Mantém a tradição da marca com um SM verde muito realista em qualquer ângulo. Destaques são os faróis independentes, a placa ao centro, entradas de ar no capô, escapamentos e antena de rádio retrátil.

Os ingleses da Corgi Toys também fizeram um belo exemplar em 1:43. Muito detalhado, só pecava ao exibir pneus muito largos que não condiziam com a versão original. Por dentro notava-se o cuidado ao detalhar a alavanca de câmbio, botões e volante.