


O robusto chassi com eixos
rígidos, voltado ao fora-de-estrada severo, estava associado a um
interior confortável, apesar do aspecto simples |
Outra interessante, com o mesmo combustível, era a 300 GD. Tinha cinco
cilindros em linha, 2.998 cm³, 88 cv e 17,5 m.kgf. Esta versão era a
mais cara da linha e custava quase o dobro da 230 G. Em toda a linha, a
suspensão tinha molas helicoidais e eixo rígido tanto na frente quanto
atrás. Usava pneus na medida 7,00-16, freios dianteiros a disco e
traseiros a tambor.
No começo dos anos 80, os europeus tinham à disposição no mercado de
veículos fora-de-estrada, além do Mercedes, o russo
Lada Niva, o Renault Jeep CJ7 (por causa da cooperação desta empresa
francesa com a American Motors, então fabricante do
Jeep americano), o
Citroën Méhari, o Volkswagen Iltis, os
ingleses da Land Rover e, na Itália, o Fiat
Campagnola. No Japão ele competia com Nissan Patrol,
Mitsubishi Pajero e
Toyota Land Cruiser. Embora não
pelas mãos da Mercedes e sim por empresas independentes, chegava também
ao mercado americano, onde enfrentava o Chevrolet Blazer (então derivado
dos picapes grandes da marca) e o Ford Bronco.
Ainda em 1980 surgia uma versão furgão, fechada na parte traseira, com
escolha de entreeixos curto e longo. No ano seguinte, o modelo com
capota de lona podia ser equipado também com capota rígida removível.
Interessante e jovial era a versão targa, que se distinguia da outra
pela coluna central com pequeno vidro triangular. Em 1982 o 230 G
passava a ser denominado GE e recebia novo motor com seis cilindros em
linha e 2.229 cm³, derivado do usado pelo automóvel da série
W123. Com injeção
mecânica, a potência subia para 125 cv e o torque para 19,7 m.kgf. A caixa podia vir com cinco
marchas.
Toda a linha contava com pneus mais largos e radiais, na medida 215/80 R
16, e com a opção de rodas de alumínio. Por este motivo foram inseridos
alargadores de pára-lamas, que tornava o aspecto mais esportivo. Por
dentro podia ter volante com desenho esportivo e bancos Recaro com apoio
de cabeça. A linha a diesel também era beneficiada com um motor mais
moderno, de cinco cilindros em linha e 2.497 cm³, na versão 250 GD.
Tinha 84 cv e, pesando 1.860 kg, sua velocidade final era de 125 km/h.
Em todos o tanque de combustível tinha capacidade para 83 litros.
O modelo 1983 trazia alterações no motor do 280 GE, que passava a ter
156 cv. Tanto o torque quanto a velocidade máxima aumentaram um pouco.
Aparecia o câmbio manual de cinco marchas e, no 230 GE, a opção do
automático de quatro velocidades. Em 1987 passava a ser montado na
Grécia sob o sistema CKD (totalmente desmontado) e ganhava opção de
chassi com cabine, para receber a carroceria mais adequada à finalidade
de uso.
Continua
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