Com o TA, o início da nova série: maiores dimensões que no PA/PB, motor de 1,3 litro mais potente (50 cv), freios com comando hidráulico

Com a versão TC, o MG começava a conquistar o mercado americano

Nova fase   Em 1935 a MG passava a ser controlada pela Morris, com sede em Nuffield, cerca de 40 quilômetros ao sul de Oxford. O fundador não recebeu boas notícias por parte dos novos patrões: a produção dos motores seria interrompida, seu estúdio de desenho seria fechado e várias medidas de racionalização seriam tomadas. Um ano depois o Midget recebia a denominação iniciada pela letra "T", sendo a versão inicial a TA.

Poucas modificações estéticas eram notadas, caso do novo farol auxiliar do lado esquerdo. Continuava charmoso com ou sem a capota e, caso o para-brisa fosse rebatido, o aspecto esportivo ficava mais evidente. A capota em lona podia vir na cor preta ou bege. Era um carro restrito a dois ocupantes sem maiores confortos, embora estivesse maior que o antecessor: 3,54 m de comprimento, 2,39 m entre eixos, bitolas mais largas, peso de 800 kg. A capacidade de produção da Morris era muito maior e por isso o carro ficaria mais barato e popular, o que levou as vendas a crescer muito. Tornava-se um sucesso em toda a Europa.

O motor agora vinha do discreto Morris 10. Mais robusto que o anterior, que não suportava por muito tempo altas rotações, passava a ter 1.292 cm³, comando de válvulas no bloco e, com os dois carburadores SU, a potência chegava a 50 cv para máxima de quase 130 km/h. Na década de 1930 esses números eram considerados muito bons para um esportivo acessível. No câmbio de quatro marchas, apenas terceira e quarta eram sincronizadas. Os freios a tambor da marca Lockheed eram os primeiros em um MG a usar comando hidráulico. Foram construídas 3.003 unidades.

Em maio de 1939 ganhava novo motor, o que justificava a denominação TB. Por fora não mudava, mas novos ajustes o deixavam mais vigoroso. A cilindrada baixava um pouco para 1.250 cm³ (66,5 x 90 mm), com vistas a melhor funcionamento em alta rotação pelo curso menor, mas o torque em baixa também era maior. A potência subia para 55 cv com torque de 8,9 m.kgf. Sua velocidade final era de 140 km/h e acelerar de 0 a 100 km/h requeria 22 segundos. Apenas 379 foram produzidos por causa do início da Segunda Guerra Mundial.

Em dezembro de 1941 acontecia o ataque japonês à base naval de Pearl Harbor, o que levou os Estados Unidos a entrar no conflito. Uma guerra não é boa para nenhuma nação, mas fez com que os norte-americanos conhecessem muito a Europa e seus costumes. E o pequeno MG caiu nas graças dos ianques, que simplesmente o adoraram. Após 1945, várias unidades foram exportadas para os EUA e era comum vê-lo em Nova York. As cidades da próspera Califórnia e da Flórida eram seus destinos mais frequentes por causa do clima quente. Continua

Nas telas
Em 1970 estreava um filme que ficaria por anos nas mentes de jovens, adolescentes e adultos. As mulheres se encantavam com Ryan O'Neal, que fazia o papel do jovem milionário Oliver Barrett IV, e os homens com a beleza de Ali MacGraw, que fazia a jovem Jennifer Cavalleri. Era o filme Uma História de Amor (Love Story), que encantou todo o planeta, dirigido pelo competente Arthur Hiller, escrito por Erich Segal e que também contou com a bela música de Francis Lai. Um MG TC é o carro principal em que Oliver faz vários passeios com Jenny.

O Inventor da Mocidade foi a ótima comédia de 1952 que nos Estados Unidos se chamou Monkey Business. Traz um elenco estelar de primeira grandeza para a época, contando com Cary Grant, Ginger Rogers, Charles Coburn Sr. e Marilyn Monroe. Grant faz o papel de um cientista de muito talento, Barnaby Fulton, que é contratado por uma indústria química para desvendar uma fórmula para a juventude eterna. Em várias cenas do filme ele está a bordo de um MG TD 1950 que compra em uma agência de carros esportivos.

A Morte num Beijo (Kiss Me Deadly) é um drama de 1955 que envolve assassinato, cenas violentas e belas mulheres. As investigações são bem planejadas. E muitas cenas contam com um MG TD 1950 neste filme em preto e branco.

La Belle Américaine é uma comédia francesa de humor muito fino com comediantes da época de ouro do cinema francês como Louis de Funès, Robert Dhéry, Colette Brosset, Christian Marin e Bernard Lavalette. Para se vingar do marido, uma viúva muito rica vende por uma mixaria um Oldsmobile 98 conversível 1959 (é o belo americano) que ele prometeu a sua secretária. Este carro causa muita confusão, mas um dos principais do filme é um MG TF 1954.

O Sorriso de Mona Lisa (Mona Lisa Smile) é um belo filme de 2003 que se passa na década de 1950 e é estrelado por Julia Roberts, Kirsten Dunst, Julia Stiles e Marcia Gay Harden. Julia faz o papel da professora Katharine Watson, que vai contra as normas de um colégio muito conservador em que trabalha. Um MG TD 1950 vermelho é muito usado pela bela Katharine.
Uma História de Amor O Inventor da Mocidade
La Belle Américaine O Sorriso de Mona Lisa
 
É Proibido Beijar é uma bela e ingênua comédia brasileira de 1954 com atores muito famosos como Tônia Carrero, Mário Sérgio, Zbigniew Ziembinski, Otelo Zeloni, Inezita Barroso, Renato Consorte, Paulo Autran e Célia Biar. A história gira em torno de um cronista, que deseja se tornar repórter de um jornal famoso e acaba desvendando um crime que vai deixar sua vida de ponta-cabeça. Neste aparece um belo MG TD 1952.

A réplica nacional MP Lafer também ganhou o cinema. Quando James Bond, na pele de Roger Moore, filmou no Rio de Janeiro para 007 Contra o Foguete da Morte (Moonraker), de 1979, uma espiã brasileira dirigia um Lafer branco, seguindo o agente secreto por avenidas cariocas.
Os especiais
Muito interessante foi o modelo Airline Coupe construído a partir do TA. A empresa Chalmer & Hoyer desde 1921 modificava carrocerias de automóveis Bentley, Morris, Austin, Vauxhall e Wolseley. No caso do MG era um cupê com teto rígido que podia ser retirado. Muito bem feito, dava um ar aristocrático ao pequeno carro. Normalmente era produzido em duas cores,a predominante preta e a outra cor que era a mesma das rodas. Raro, foram feitas apenas 50 unidades.

Outra não tão ousada era a Tickford Coupe, que também tinha duas cores, só que mais discretas e ocupando menor área. A capota podia ter três posições diferentes e era muito bem acabada. Os retrovisores, que no original vinham apoiados nos para-lamas, neste eram fixados à moldura do para-brisa. Sobre a grade havia um pássaro cromado imitando no melhor estilo da "dama alada" da Rolls-Royce. Um charme à parte. Por dentro era mais luxuoso, com painel de madeira nobre, bancos separados e forração em couro de cor clara. Havia também mais cromados que no modelo TA de série e uma caixa de ferramentas especial. Ambos tem cotação altíssima no mercado de clássicos. Na foto, um TB Tickford.

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