A versão Quadra, com tração integral, tornou a minivan muito adequada a regiões com neve e chegou junto de alterações no estilo da frente

No modelo 1991 o interior mostrava melhor acabamento e mantinha o painel bem-equipado; a posição de dirigir elevada tinha muitos adeptos

A posição de dirigir era alta, o que favorecia a visibilidade, mas o pára-brisa muito inclinado exigia certo tempo para se acostumar. O painel era completo, com desenho hexagonal e instrumentos num retângulo ao fundo. Tinha conta-giros e voltímetro, além de dois porta-luvas nas laterais inferiores. Os bancos eram envolventes e confortáveis. Não havia na produção européia nenhum concorrente com tais características. Estava nascendo o conceito de minivan para uso familiar, que também agradaria em cheio aos taxistas e frotas de hotéis de luxo, pois poderiam transportar dos aeroportos até os grandes centros famílias grandes e muita bagagem. Os hospitais também as receberam bem como ambulâncias.

O motor dianteiro longitudinal, originário do esportivo Renault Fuego, tinha quatro cilindros em linha, cilindrada de 1.995 cm³, comando de válvulas no cabeçote e um carburador de corpo duplo. Fornecia a potência de 103 cv e o torque máximo de 16,5 m.kgf. Com câmbio manual de cinco marchas e tração dianteira — uma preferência francesa, adotada há muito pelo grupo Renault —, alcançava velocidade máxima de 170 km/h e acelerava de 0 a 100 km/h em 12,6 segundos.

A suspensão dianteira era independente pelo sistema McPherson e a traseira usava eixo de torção, ambas com molas helicoidais. Asseguravam ótima estabilidade para o tipo de veículo, acima da expectativa. Não havia surpresas desagradáveis para o motorista e o comportamento era muito superior ao de qualquer utilitário. A direção tinha assistência de série.

Além da versão GTS, havia a TSE, que por fora se distinguia por defletor dianteiro, faróis de neblina, rodas de 14 pol com desenho esportivo (idêntico ao do R25), pneus 185/65 e bagageiro na cor preta. No caso de ter os dois bancos a mais, formando sete lugares, a capacidade do porta-malas era insatisfatória. Por dentro os bancos e forrações eram mais luxuosos. O motor também era mais potente: com injeção eletrônica, produzia 120 cv e 17,1 m.kgf, para máxima de 178 km/h.

As vendas dispararam. Todos queriam ter uma Renault Espace. As concorrentes mais diretas eram as japonesas Nissan Praire e Vanette e Toyota Lite-Ace e as alemãs VW Vanagon e Caravelle, evoluções da Kombi e produzidas na Áustria pela Steyr-Puch. Nos Estados Unidos havia a Dodge Caravan e suas variações Chrysler Town & Country e Plymouth Voyager, além da Ford Aerostar e da Chevrolet Astro.

Em 1985 chegavam as tão desejadas versões a diesel, combustível muito apreciado na Europa pela economia. Chamadas de 2000-1 e 2000-1 Turbo D, tinham as mesmas características visuais do modelo a gasolina, à exceção da grade dianteira um pouco mais avançada. O motor com quatro cilindros em linha tinha 2.068 cm³, comando no cabeçote, 88 cv e o bom torque de 18,5 m.kgf. Um turbocompressor permitia velocidade máxima de 160 km/h e 0 a 100 km/h em 13,5 segundos, com baixo consumo e desempenho muito satisfatório. Continua

Os especiais
A mais vibrante Espace é o carro-conceito que comemorou os 10 anos de parceria entre a Renault e a Matra. De 1995, a Espace F1 tinha motor V10 central oriundo do monoposto de Fórmula 1 Williams-Renault, campeão em 1994. Com carroceria dourada e bem trabalhada na aerodinâmica, tinha enorme aerofólio traseiro, defletor dianteiro e generosas entradas de ar. Pesava 1.300 kg, a cilindrada era de 3,5 litros e a potência impressionava: 800 cv! Segundo a Renault, fazia de 0 a 100 km/h em 2,9 s e chegava a 312 km/h. Outra variação pouco comum era obra do suíço Franco Sbarro: a Spider (abaixo), um conversível para cinco ocupantes. Um detalhe exótico era a posição deles: dois na frente, um no meio e outros dois atrás. Todos os bancos eram esportivos, próprios de corrida, e a frente carenada, os arcos de proteção muito baixos e vários apêndices aerodinâmicos formavam um conjunto muito original. Não passou de um capricho, mas serviu de inspiração para a criação do esportivo Renault Spider. Era animado pelo motor V6 de série.

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