Fogo brando
O Renault Fuego, francês
que também fez sucesso na Argentina, |
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Na
década de 1960 a francesa Renault, que sempre teve produtos variados,
não oferecia um esportivo que atendesse ao gosto do público que desejava
um carro mais rápido. Quem gostava da mecânica da empresa só podia
comprar os esportivos Alpine — e ficava muito satisfeito, desde que
pudesse pagar por eles. Nessa época, o único Renault com características
esportivas, mas de desempenho modesto, era o
Caravelle. O sedã R8, lançado na versão
Gordini em 1964, demonstrava ótimas características dinâmicas, mas sua
carroceria era comportada e familiar. |
As linhas retas do Fuego, com amplos vidros e frisos pretos na linha de cintura, tinham um aspecto esportivo que não correspondia à baixa potência de algumas versões |
Dois anos depois, preenchendo uma lacuna em sua gama de produtos, era
apresentado o Fuego. Depois de tanto tempo, era o primeiro carro da
marca a não ser identificado por um número, como era tradição. Com
linhas dinâmicas e esportivas, o hatch era fabricado sobre a base do
R18. A carroceria de três portas, moderna, havia sido elaborada nos
estúdios da própria casa. Era atraente, muito aerodinâmica e diferente
— difícil de ser confundida. Misturava chapas de aço estampado e
componentes em plástico reforçado com fibra-de-vidro. |
No interior, painel bem-equipado e espaço surpreendente para os ocupantes do banco traseiro e a bagagem, ao se considerar seu perfil |
O
motor básico, que equipava as versões TL e GTL, era um
quatro-cilindros de 1.397 cm³ e comando de válvulas no bloco, que
desenvolvia a tímida potência de 64 cv a 5.500 rpm e o torque máximo
de 10,5 m.kgf a 3.000 rpm. Era alimentado por um carburador de corpo
simples. Com tração dianteira, rara num carro desta classe, e caixa de
quatro marchas (a de cinco era opcional), a velocidade máxima de 158
km/h e as lentas acelerações decepcionavam diante da esportividade do
estilo. Os freios dianteiros eram a disco e os traseiros a tambor, com
servo de série. A suspensão dianteira era independente e a traseira de
eixo rígido, o que era raro num carro francês e não muito apreciado.
Mas a estabilidade ainda assim era notável. |
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