A versão básica, R17 TL, tinha a mesma motorização do R15 TS. Na topo-de-linha, R17 TS, em vez dos carburadores de corpo duplo Weber, vinha uma injeção eletrônica Bosch, sistema adotado pela primeira vez na Renault. Tinha a mesma cilindrada do anterior, mas com 109 cv a 6.250 rpm e torque de 13,7 m.kgf. Sua velocidade final era de 185 km/h e chegava aos 100 km/h em 11 segundos. Para este foi reservado um câmbio de cinco marchas, para aproveitar melhor a potência. Todos os motores da linha sempre se mostraram bastante robustos.

O R17 TS era a versão de topo, com injeção no motor de 1,6 litro, freios a disco nas quatro rodas e luxuoso acabamento interno

Os freios eram a disco nas quatro rodas, sendo os dianteiros ventilados. Os pneus desta versão eram 165/80-13. A suspensão era convencional, independente à frente e com eixo rígido na traseira. Por dentro oferecia bom conforto, com bancos anatômicos, revestimento em couro opcional, assim como os apoios de cabeça, e vidros verdes. O painel futurista trazia quatro meias-conchas com mostradores diversos, mas só os R17 tinham conta-giros de série. Completava o conjunto um volante esportivo com dois raios de alumínio polido.

Toda a linha, com suas várias versões, agradou bastante a várias classes, desde os mais jovens, que desejavam um carro moderno com desenho esportivo, até famílias pequenas. Não eram caros como os BMW 2002 ou os Alfas GTA, mas tinham bom desempenho e acabamento correto com acessórios interessantes. Na metade dos anos 70 seus concorrentes eram Toyota Celica, Fiat 124 Sport, VW Scirocco e Opel Manta, além do Capri.

Na radiografia do R17 de 1975, a mecânica simples e eficiente: motores de até 109 cv, tração dianteira, suspensão independente à frente e de eixo rígido atrás

Em 1974 o R17 TS chegava às competições, praxe no grupo Renault, o que lhe rendia boas vendas. Com a pesada missão de superar o R12 Gordini, a preparação da fábrica visava os ralis e este modelo faria dupla com as famosas berlinetas Alpine. Coube ao engenheiro Hubert Melot otimizar o motor para 1.774 cm³ e 170 cv a 7.500 rpm, com torque máximo de 19,9 m.kgf a 6.500 rpm. Era alimentado por dois carburadores de corpo duplo Weber 45 DCOE e atingia 222 km/h.

Obteve sucesso em ralis regionais e tirou o primeiro lugar na classe turismo especial no Rali de Monte Carlo, em 1975, e no Rali do Marrocos. Também ganhou o primeiro lugar geral no rali americano Press on Regardless e dois títulos na copa européia dos países socialistas.

A linha 1979, último ano de sua produção: frente modificada, spoiler traseiro, pneus mais largos e o grande teto solar de lona do R17

Em 1976 vinha a primeira reestilização. Na frente o pára-choque tinha só a metade cromada. No R17 as mudanças incluíam grade dividida, mais moderna. Atrás ambos recebiam um discreto spoiler, também em preto fosco, tom que se estendia à parte de baixo do porta-malas. Os pneus estavam mais adequados, em medida 175/70-13. Os cupês da Renault foram produzidos até 1979 e deixaram admiradores na França e na Europa por sua resistência, estilo agradável e versatilidade.

Carros do Passado - Página principal - Escreva-nos

© Copyright - Best Cars Web Site - Todos os direitos reservados