Apresentado no Salão de Chicago de 1951, foi vendido primeiramente nos EUA e na Inglaterra. Da primeira série foram 104 unidades. O motor dianteiro de seis cilindros em linha, proveniente do Ambassador e do Statesman, tinha 3.854 cm³ de cilindrada, potência de 125 cv a 4.000 rpm, taxa de compressão de 8:1 e dois carburadores SU. A caixa manual tinha três marchas, com opção de overdrive e tração traseira.

O carro custava na época quase 15% a mais que um Jaguar XK, que era muito mais rápido e bonito. O Jag atingia 190 km/h, enquanto o Nash ficava na casa dos 160 km/h. O carro americano media 4,32 metros e pesava 1.220 kg. Com essa oferta, não estava vendendo bem — e os americanos e ingleses foram pedir ajuda ao estúdio italiano Pininfarina para redesenhar a carroceria.

Com a ajuda de Pininfarina, a empresa remodelou o carro esporte e chegou a um perfil mais elegante, além de abandonar o pára-brisa bipartido

Depois de algumas tentativas, chegaram a um modelo cujas linhas eram bem mais atraentes. O processo de fabricação havia sofrido várias mudanças: os componentes Nash seguiam para a Itália e, depois de montados na carroceria, o conjunto voltava para Kenosha. Esta ida e volta transatlântica encarecia muito o automóvel, um erro que se repetiria na década de 1990 com o Cadillac Allanté.

Além da versão conversível, havia um cupê muito bonito. No centro da frente vinha uma grade oblonga com frisos horizontais e grandes faróis circulares. Sobre o capô havia uma falsa entrada de ar que dava um charme extra. O pára-brisa passava a ser inteiriço. Visto de lado, o destaque ficava por conta da capota arredondada, seguindo a tendência dos pára-lamas dianteiros e traseiros. As bonitas rodas raiadas eram inspiradas em modelos ingleses da época. O esportivo passava a ter uma linha muito elegante.

Este modelo concorreu na famosa prova italiana de Targa Florio em 1952, conseguindo sétimo lugar na classificação geral, e voltou a brilhar em Le Mans, obtendo o terceiro lugar na geral, atrás de dois Mercedes-Benz 300 SL (e primeiro lugar para carros de 3,0 a 5,0 litros). O motor utilizado na corrida, batizado de Le Mans Dual JetFire Six, passou no ano seguinte a equipar as versões de rua. Tinha 4.140 cm³, dois carburadores Carter e 140 cv a 4.000 rpm. O carro atingia 185 km/h.

Ao lado do conversível era oferecido este bonito cupê, mas o caro processo de produção continuava a ser um problema que afetava suas vendas

Por dentro era notável o refinamento dos bancos em couro. O grande volante em baquelite tinha três raios e, ao centro, o aro de buzina cromado. O banco, para dois ocupantes, era inteiriço mas não atrapalhava o deslocamento da alavanca de câmbio no assoalho. O painel completo tinha mostradores com muito cromado, como era regra na década de 1950.

Em 1953, o cupê ganhou o Concurso de Elegância de Stresa, na Itália, deixando para trás 150 adversários. Mesmo assim, devido ao alto preço, vendeu só 162 unidades entre cupês e conversíveis. No ano seguinte, apenas 90. Devido ao alto custo de produção e à forte concorrência, com modelos europeus Jaguar e Porsche e mesmo americana — com o novo Chevrolet Corvette —, o Nash-Healey deixava de ser produzido, após um total de 506 unidades desde 1950.

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