Raymond Eknor era supervisor, Tor Berthelius o engenheiro-chefe e Eric
Quistgaard o engenheiro assistente. Depois de completar mais três
carrocerias em meados de 1954, a Glasspar enviou o lote para a sede da
empresa para verificação, testes e adaptações necessárias. Ela ainda
fabricaria as primeiras carrocerias de produção do modelo para a
montagem na Suécia. No dia 2 de junho de 1954, em pleno verão do
hemisfério norte, o P1900 teve sua primeira aparição pública no
aeroporto de Torslanda, perto de Göteborg.
Eram quatro unidades, apresentadas como carros para exportação, o
início de uma série de 300 que foi anunciada. Três dos carros tinham
pára-brisa plano, piscas retangulares na frente e teto em lona
rebatível. Ainda naquele mês começou um passeio com os modelos pelas
concessionárias Volvo suecas. Bruxelas, na Bélgica, foi sede do
primeiro salão do P1900, em janeiro de 1955. O escolhido foi o X1
revisado no porta-malas, portas, pára-brisa e painel. Mas o desenho
não era, nem de longe, atraente como os similares europeus e
americanos.
O P1900 tinha um recorte nada harmonioso do capô e, inicialmente, das
portas, depois aperfeiçoado. Além disso, era muito alto para um roadster
e sua grade parecia uma gaiola para
transporte de cães e gatos... Mas após ganhar o aquecimento do PV444,
o carro começou a ser testado pela Volvo em dezembro, indo até o sul
da Itália. O motor agradou ao piloto Helmer Pettersson mas, das 22
reclamações que ele fez, as maiores eram sobre o chassi, que vibrava
toda a carroceria até causar vazamentos na capota e rachaduras. As
primeiras entregas do carro já tinham sido feitas quando outro teste,
de fevereiro a março de 1956, levou o carro até o norte da África.
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