O interior chegava a surpreender pelo espaço, graças ao formato mais retilíneo da carroceria, e trazia a conveniência — já conhecida dos DKWs anteriores — do assoalho traseiro plano, sem o túnel central para passagem da transmissão, já que a tração era dianteira. Os bancos dianteiros eram individuais e havia bom capacidade de bagagem. No painel vinha apenas um velocímetro, com escala horizontal, e o grande volante branco tinha o centro mais recuado, um fator de segurança em caso de acidente. |
A versão De Luxe, inserida em 1961, trazia um motor de 796 cm3 com maior torque, lubrificação automática e melhor acabamento interno |
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O
motor do Junior seguia a configuração habitual da marca na época, com
três cilindros em linha a dois tempos e refrigeração líquida, mas a
cilindrada era de apenas 741 cm³. Os tímidos valores de potência (34 cv
a 4.300 rpm) e torque máximo (6,5 m.kgf a 2.500 rpm) resultavam em
desempenho modesto, mas ajudado pelo peso contido de 700 kg: aceleração
de 0 a 80 km/h em 16,2 segundos, chegando aos 100 em 30,5 s, e
velocidade máxima de 115 km/h. |
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No F12, novo aumento de cilindrada (agora 899 cm3), freios dianteiros a disco e maior distância entre eixos, sem grande alteração no desenho da carroceria |
Dois anos depois, em julho de 1961, o caçula recebia uma injeção de
ânimo. Na nova versão De Luxe o motor passava a 796 cm³, melhorando o
torque para 7,2 m.kgf, embora a potência não mudasse. Com o novo
sistema automático de lubrificação Lubrimat, dispensava-se a adição de
óleo dois-tempos à gasolina no tanque. Havia também novidades no
acabamento interno, opção de pintura em dois tons, retoques na
aparência da frente, quebra-ventos nas janelas e rodas de 13 pol com
pneus 5,50. Como opcional, podia ser equipado com a embreagem
automática Saxomat, que eliminava o pedal, mas não o câmbio manual —
também disponível em nossos Vemags. |
O nome Roadster não era apropriado, por se tratar de um 2+2, mas a versão conversível do F12 agradou -- pena que só tenha durado um ano, devido à compra da DKW pela Volkswagen |
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Vida breve teve a versão conversível do F12, chamada de forma pouco apropriada de Roadster (tipo de carro que tem apenas dois lugares, enquanto este era um 2+2). Ao mesmo tempo o motor maior ganhava 5 cv, sendo a única opção para o modelo aberto da linha. Em 1965 era encerrada a produção desses modelos, depois de 237,6 mil unidades do Junior, 110 mil dos sedãs F11 e F12 e apenas 2,8 mil conversíveis. A DKW passava às mãos da Volkswagen, que preferiu manter apenas o maior modelo da marca, o F102. Com a substituição do motor por um de quatro tempos, daria origem ao primeiro Audi. A Auto Union estava tornando-se história, mas o emblema das argolas encontrava novas grades onde ser aplicado. |
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