A simpática carroceria agradava logo ao primeiro olhar. A frente era composta de dois grandes faróis circulares e dois menores abaixo, que serviam de luzes de direção. A grade era em trapézio invertido. O resto, composto por chapas planas e a capota de lona, fazia bela figura com o restante da carroceria. O pára-choque dianteiro era literalmente um cano de pequena espessura. O Moke podia ser equipado com dois ou quatro assentos e a única cor disponível na época do lançamento era a verde-exército. Por dentro era de uma simplicidade ímpar. Como no Mini, os poucos instrumentos se localizavam ao centro em um compacto painel. |
O motor inicial de 846 cm3 (transversal, é claro) entregava apenas 37,5 cv, mas o baixo peso de 530 kg permitia boa agilidade em meio ao trânsito |
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O
motor dianteiro em posição transversal, refrigerado a água, tinha 846
cm³, taxa de compressão de 8,3:1 e era
alimentado por um carburador de corpo simples da marca SU em posição
invertida. Fornecia potência de 37,5 cv e torque máximo de 6,1 m.kgf a
2.900 rpm. Como o pequenino pesava apenas 530 kg, conseguia boa
agilidade, velocidade máxima de ótimos 114 km/h e consumo muito bom.
Em utilização urbana chegava a 16 km/l de gasolina. |
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Dois ou quatro bancos, o velocímetro em um pequeno painel, chapas aparentes por todos os lados: o interior não poderia ser mais simples |
Houve na imprensa inglesa quem criticasse o Moke, perguntando se
alguém teria coragem de utilizar tal tipo de automóvel no depressivo
clima londrino ou mesmo no restante do Reino Unido. Mas o jipinho
agradou muito por suas qualidades dinâmicas. Era ágil no trânsito,
embora estivesse longe de ser um carro confortável. No golfe, esporte
tão apreciado pelos consangüíneos de Winston Churchil, era um grande
sucesso nos campos. Havia muitos concorrentes na categoria, mas quase
todos bem mais caros. Ele custava em 1966 a metade de um Fiat
Campagnola, a quarta parte de um Land Rover e um terço do Jeep CJ-5.
Também concorriam o Renault Simpar, derivado do
R4, e o Savio Giungla italiano. |
Descontinuado na Inglaterra, o Moke manteve-se em produção na Austrália e mais tarde em Portugal e na Itália, onde só acabou em 1994 |
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Em
1971 a versão Moke Californian aparecia com um motor de 1.275 cm³,
idêntico ao do Mini. Estava bem mais esperto, com 65 cv, e a caixa já
tinha quatro marchas sincronizadas. Com bancos mais confortáveis,
luzes de ré e grande variedade de cores de carroceria, estava mais
civilizado. Cessada a produção australiana em 1981, a portuguesa se
iniciava com kits CKD, ou seja, o carro chegava ao país desmontado. Os
lusitanos levaram o valente utilitário em produção até 1989. Havia à
disposição o motor de 998 cm³, freios a discos dianteiros e rodas de
12 pol. Terminada a fabricação em Portugal, a empresa italiana Cagiva
adquiriu os direitos de produção e o montou até 1994. |
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