Em 1952 a Simca batia com ele um recorde mundial: rodou 50.000 quilômetros a uma média de 117 km/h no autódromo de Monthléry. E estava atrás de vários outros. No ano seguinte estabeleceria outros 30 recordes mundiais. Enquanto isso, a empresa resolveu diversificar o leque de carrocerias propostas. Chegavam ao mercado três versões de peruas: uma toda fechada, denominada Messagère (mensageira); outra só com os vidros traseiros fechados, chamada Comercial; e a Chatelaine, destinada à família, com amplas janelas e que podia vir com pintura em duas cores. Todas tinham três portas. Bem resolvida também era a versão cupê sem coluna central, que agradou em cheio.

Duas das peruas Aronde: a Comercial, sem os vidros laterais traseiros, e a Chatelaine para a família

A primeira remodelação do Aronde vinha em 1954. Os "bigodes" dianteiros formavam um arco, os pára-choques estavam mais baixos e atrás havia novas lanternas. O carro crescia de ponta a ponta (4,11 m) e entre os eixos (2,44 m), além de ficar mais largo (1,57 m) e baixo (1,52 m). O motor batizado de Flash passava a ter 1.290 cm³, 48 cv e 9 m.kgf, para chegar a 135 km/h e fazer de 0 a 100 em 24 s. Por dentro estava mais refinado: ganhava bancos reclináveis e novos tecidos para bancos. Também vinha com várias combinações de cores para a carroceria.

Mais uma versão de carroceria era oferecida: o picape Intendante, com ampla caçamba e capota de lona opcional. A linha Aronde agradava a várias classes sociais e a diferentes tipos de profissionais. E as vendas continuavam a crescer, graças à qualidade de fabricação e à robustez do conjunto. Em 1955 a Simca comprava a Ford na França e o Aronde fazia a operação Geneviève, rodando 100.000 km em 100 dias em Paris. Nesse ano a marca já era o segundo construtor francês, atrás somente da Renault, e o Aronde chegava a meio milhão de exemplares produzidos.

A linha 1957 já incluía os acabamentos Deluxe (em azul), Elysée (verde) e Grand Large (dourado)

A bela linha de cupês esportivos estreava em 1956. Os duas-portas não tinham nenhum traço em comum com a linha normal. Eram muito bonitos e com estilo avançado. O modelo conversível se chamava Océane (oceano) e o de capota rígida Plein Ciel (algo como céu cheio). O motor Flash especial com 57 cv equipava ambos e as rodas de 14 pol combinavam mais com o estilo.

Dois anos depois, em agosto de 1958, o Aronde era totalmente remodelado. A série identificada como P60 estava bem mais moderna. A grade dianteira ficava mais conservadora com frisos verticais. Tinha lá sua semelhança com os irmãos maiores Vedette, Ariane e Chambord, este muito conhecido por nós. Três versões especiais eram oferecidas com acabamentos superiores: a Deluxe, a Elysée e a Montlhéry, esta com o motor de 57 cv. Havia 17 combinações de cores para as carrocerias e, tanto no cupê quanto no sedã de quatro portas, o destaque ficava por conta do imenso teto solar opcional.

A remodelação de 1958 adotava uma ampla grade de frisos verticais, mantida neste Montlhéry de 1963, o último ano do Aronde

No mesmo ano a Chrysler adquiria uma pequena participação na empresa e desejava entrar no mercado australiano. E lá foi fabricada a versão perua, na cidade de Adelaide. Em 1960 o Aronde chegava à milionésima unidade e ganhava o novo motor Rush, mais suave e potente, com 62 cv — pouco depois era oferecido com 70 —, com o qual ultrapassava 145 km/h. Em maio de 1963 o Aronde deixava as linhas de Poissy, após 1,4 milhão de exemplares construídos, para ceder lugar à série 1300/1500. Foi uma paixão do patrão.

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