Com um estúdio próprio na América, o conde foi persuadido a enviar sugestões de desenho para os dois carros que a BMW desenvolvia. Quem o convenceu foi o importador americano de muitas marcas de prestígio — entre elas a BMW — Max Hoffman, que fez sua parte junto à direção da empresa difundindo a idéia de vender o 503 em boa quantidade nos EUA. Após a apresentação do protótipo do GT no Salão de Frankfurt, a produção teve início em maio de 1956. |
O 503 Cabriolet lembrava o 507, embora fosse mais alto e menos esportivo, e tinha o primeiro comando eletroidráulico de capota da indústria alemã |
Também a base mecânica do 503 foi aproveitada do 502. O motor V8 era considerado o mais
moderno do país na época. Com 3.168 cm³ de cilindrada, comando de
válvulas no cabeçote e carburação dupla Zenith 32 NDIX, era também o
primeiro oito-cilindros alemão produzido no pós-guerra. Fornecia a
potência de 140 cv a 4.800 rpm e o torque máximo de 22 m.kgf a 3.800
rpm. Tais números eram capazes de levar o cupê a 190 km/h de
velocidade máxima e, para chegar a 100 km/h a partir de zero, o 503
precisava de 13 segundos. |
O motor V8 de 3,2 litros, tomado emprestado do sedã 502, fornecia 140 cv e dava bom desempenho ao cupê, capaz de chegar a 190 km/h |
O 503 que chegou às lojas contava com uma
novidade muito bem-vinda: acompanhando o cupê hardtop havia a
carroceria Cabriolet, ou conversível. De certa forma, parecia um 507
mais alto. Mas sua atratividade não se limitava ao aspecto estético,
pois ele reunia conforto e pioneirismo. O teto com acionamento
eletroidráulico do conversível foi o primeiro a oferecer esse tipo de
conveniência entre os fabricantes alemães. |
Meio século separa o 503 do atual Série 6: entre eles, vários outros cupês contribuíram para a imagem de requinte e desempenho da BMW |
Apenas 412 unidades foram produzidas entre 1956 e 1959, das quais 273 eram cupês hardtop e 139 conversíveis. Tampouco isso serviu para a BMW desanimar em relação à idéia de ter um belo cupê médio na linha. Em 1962 chegava o 3200 CS e em 1965 vinham os 2000 C e CS, projeto que ainda renderia o 2800 CS em 1968 e os 3000 CS e CSi de 1971 (leia história). Em 1975 se iniciaria a Série 6. O número hoje identifica o mais sofisticado cupê da marca, que agrada não apenas a americanos e herdou a tradição iniciada com o raro 503. |
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