Da timidez à fúria
Nascida
com um quatro-cilindros de potência modesta, a série CS |
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Os cupês representam uma importante parte da história da BMW, a Fábrica
de Motores Bávara, que surgiu para produzir motores aeronáuticos, passou
a motocicletas e logo depois aos automóveis. O primeiro deles, o 327,
foi lançado em 1936 — época em que o roadster
328 começava uma brilhante carreira
nas pistas — e manteve-se até 1940, com produção de quase 1.900
unidades. De linhas elegantes, oferecia versões de teto rígido e
conversível e usava uma configuração de motor que a empresa conserva até
hoje como um elemento marcante: seis cilindros em linha. |
O antecessor: o 3200 CS surgiu em 1962 com uma bela carroceria de Bertone, aplicada à plataforma dos sedãs da Nova Classe e com motor V8 |
Quase ao mesmo tempo, dentro da própria empresa era desenhado outro
cupê, sob as siglas 2000 C e 2000 CS, apresentado em setembro de 1965.
Mesmo sem a leveza e a graciosidade do modelo de Bertone, seu estilo
mostrava porte e imponência, com pára-brisa e vidro posterior quase de
mesmas dimensões, frente e traseira longas e de mesma altura e faróis
com um formato de trapézio que era incomum na época. Na base das
colunas traseiras, o emblema circular da marca — uma hélice estilizada
em azul e branco — ocultava as saídas de ar do interior. A carroceria
era construída pela Karmann Coach Builders, em Osnabruck. Na mecânica,
boa evolução estava na suspensão traseira independente por braço
semi-arrastado, no lugar do eixo rígido de seu antecessor. |
O 2000 C/CS deu início à série de cupês que é objeto deste artigo e, apesar do desenho imponente, tinha uma frente estranha e motor de quatro cilindros com desempenho modesto |
Mas uma solução não demorou a chegar: no Salão de Paris em setembro de 1968 era apresentado o 2800 CS (código interno da fábrica E9), com o novo motor de seis cilindros em linha, 2.788 cm³ e 170 cv que estreava no sedã 2800, ou E3. Com comando de válvulas no cabeçote, usava dois carburadores Solex e o fazia acelerar de 0 a 100 km/h em cerca de 8,5 segundos. A velocidade máxima de 210 km/h e a facilidade com que a mantinha por horas a fio eram típicas de um carro projetado para as autobahnen, as auto-estradas alemãs sem limite de velocidade. Continua |
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