O Sceptre tinha comprimento de 4,20 metros, entreeixos de 2,56 m, largura de 1,61 m e altura de 1,45 m. O peso era de 1.095 kg. Tratava-se de um automóvel de produção pequena e acabamento esmerado, com materiais de ótima qualidade. O volante tinha dois raios cromados e aro de buzina. Atrás dele, conta-giros e velocímetro; no centro do painel, marcadores de temperatura de água e óleo, nível de combustível e amperímetro. Abaixo destes ficava o miolo de ignição, relógio e lugar para o rádio. Tudo bem posicionado e de bom gosto.

A frente adotada em 1965 na segunda série, ou Mark II (também na foto que abre este artigo), deixou o Sceptre mais agradável e veio acompanhada do motor de 1,7 litro e 91 cv

Seu motor tinha quatro cilindros em linha, comando de válvulas no bloco e cilindrada de 1.598 cm³. Era alimentado por um carburador em posição invertida e, com potência de 78 cv a 5.000 rpm e torque máximo de 12,5 m.kgf a 3.500 rpm, levava o Sceptre a 145 km/h. A caixa tinha quatro marchas e alavanca no assoalho, sendo que a terceira e a quarta tinham o recurso de overdrive. A tração era traseira. A suspensão dianteira independente tinha molas helicoidais e barra estabilizadora, e a traseira, eixo rígido e molas semi-elíticas. Para um carro familiar, a estabilidade era razoável. Os freios dianteiros já eram a disco, da marca Lockheed, e os traseiros a tambor. Usava pneus 6,00-13.

Em 1965 era lançada a segunda série do Sceptre ou, como os ingleses gostavam de chamar suas reestilizações, o Mark II. Ganhava frente bem mais agradável aos olhos, grade cromada com frisos horizontais, dois faróis circulares nas extremidades, dois menores auxiliares e o centro formado por um trapézio invertido. O conjunto ficava mais contemporâneo, mas de resto não mudava.

O motor passava a ter 1.725 cm³. Com um carburador de corpo duplo Solex, a potência aumentava para 91 cv a 5.500 rpm, e o torque, para 14,6 m.kgf a 3.500 rpm. Agora levava o Sceptre a bons 160 km/h e a acelerar de 0 a 100 km/h em 15 segundos. Seus concorrentes eram os alemães Glas 1700 TS, BMW 1800 TI e Opel Rekord 2,6; seus conterrâneos Austin A110 Westminster, Ford Zodiac Mk III, MG Magnette Mk IV, Triumph 2000 e Vauxhall Cresta; os franceses Citroën ID19 e Peugeot 404; e o italiano Lancia Flavia 1,8.

O modelo 1968 ganhava carroceria toda nova, a mesma do Hillman Hunter, mas com acabamento mais luxuoso; o sedã inglês foi produzido assim até 1976

No final de 1967 era apresentada uma carroceria completamente nova para o Humber. Na verdade era a mesma do Hillman Hunter, só que com acabamento mais luxuoso. As linhas retas deixavam-no bem mais moderno. Tinha teto de vinil e frisos nas laterais e no contorno das caixas de roda. Na frente, trazia outra vez quatro faróis circulares do mesmo tamanho e grade cromada em trapézio invertido, a identificação da marca. Para completar ganhava calotas raiadas e pneus 165-13. Media 4,34 metros e pesava 1.000 kg. Na parte mecânica nada era alterado. A esse tempo a concorrência estava renovada, com modelos como Morris Marina e Ford Cortina.

Em 1970 o grupo Rootes passava a se chamar Chrysler UK. O comando já estava todo nas mãos dos americanos. Em outubro de 1974 o Sceptre ganhava uma versão perua, a Estate, com desenho bonito. O modelo da terceira série sobreviveu até 1976, quase sem mudanças estéticas ou mecânicas, e foi o último Humber.

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