A mesma versão podia ser vendida com mais quatro vidros laterais e dois bancos adicionais para passageiros. Batizada de Microcar, levava com relativo conforto nove pessoas, incluído o motorista. Curiosa era a versão que tinha duas camas rebatíveis, presas na lateral esquerda, com dois metros de comprimento e 60 centímetros de largura. Junto com o banco que ficava logo atrás do dianteiro, poderiam formar três leitos. Era bem versátil para viajantes. Na frente havia dois faróis circulares e uma grade em trapézio invertido. O furgão não podia ser chamado de bonito, mas até que era simpático. O pára-brisa tinha bom tamanho e os vidros da cabine eram de correr, abrindo só até a metade. |
Apesar do desempenho modesto, com máxima de 85 km/h, o Estafette conquistou mercado entre diferentes públicos, o que incluiu a polícia |
O
Estafette era muito simples. Não tinha nenhum cromado externo e não
havia muito luxo a bordo. Possuía aquecimento, pára-sois e bancos
rústicos — apenas uma armação coberta por um tecido simples. A
posição de dirigir era típica de furgões, com o volante de desenho
simples quase na horizontal. O pequeno painel, o mesmo do
Dauphine, apresentava o
mínimo necessário. Ainda havia o modelo picape, com caçamba e capota
de lona, e o de cabine e chassi sem caçamba, para receber uma
traseira maior e mais alta, transformando-o num charmoso trailer. |
A versão picape usava o mesmo motor das demais: o de 845 cm3 do Dauphine, só que montado na frente e com tração dianteira |
Fato raro num utilitário, a suspensão era independente nas quatro
rodas. Tanto atrás quanto na frente usava o esquema de paralelogramo
transversal e cones montados em rótulas. Contava também com molas
helicoidais, mais comuns em automóveis que em utilitários. Os
amortecedores, muito duros quando do lançamento, não demoraram a ser
substituídos por unidades mais macias, adequadas ao transporte de
cargas mais leves. Os quatro freios a tambor cumpriam sua tarefa. |
Três anos depois de ter aumentada a capacidade de carga para 1.000 kg, em 1968 o utilitário ganhava motor mais potente: o de 1,3 litro e 45 cv que equiparia o sedã R12 |
Em
1965 recebia a denominação R2134. A capacidade passava a ser de
1.000 kg e, dependendo da versão, o veículo podia sair de fábrica
com chassi alongado em 38 centímetros. Já tinha como concorrente o
Ford Transit, que aproveitava a estrutura do sedã
Taunus. Vistos de longe
podiam ser confundidos, tal era a semelhança da frente. E a Peugeot
apresentava o J7, aquecendo a concorrência local. Três anos mais
tarde vinha um novo motor: passava a ter 1.289 cm³ e 45 cv a 4.500
rpm. Com mais torque em baixa rotação, este também equiparia o sedã
R12, o "primo" francês do
Ford Corcel brasileiro. |
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