O motor com quatro cilindros em linha tinha inclinação em 45 graus, de modo a permitir capô mais baixo. Com cilindrada de 1.998 cm³ e comando de válvulas no cabeçote, era um motor moderno e adequado à proposta de um esportivo acessível. Alimentado por dois carburadores da marca Zenith em posição horizontal, fornecia potência de 106 cv a 5.500 rpm e torque máximo de 16,5 m.kgf a 3.500 rpm. Os modelos que iam para a Califórnia eram alimentados por injeção eletrônica, mas perdiam potência com os sistemas para reduzir as emissões poluentes, ficando em 92 cv. |
O motor de 2,0 litros e dois carburadores, que desenvolvia 106 cv, vinha inclinado em 45 graus para permitir um capô mais baixo |
O
TR7 atingia velocidade máxima de 177 km/h com a caixa manual de
quatro marchas, mas havia opção por uma de cinco. A fim de atender
aos americanos, também oferecia uma automática com três marchas. A
tração era traseira. O desempenho deixava a desejar entre os
admiradores do Spitfire, mas era o que a Triumph podia oferecer ao
tempo da segunda crise do petróleo, deflagrada em 1979. O motor de
16 válvulas usado no Dolomite foi descartado por sua baixa
confiabilidade. |
Depois do cupê TR7 (foto) a Triumph ofereceu o TR8, em que o motor Rover V8 de 3,5 litros garantia desempenho bem superior |
Em
1978, outra vez visando o mercado do lado de cá do Atlântico, era
apresentado o TR8. A principal diferença estava debaixo do capô: o
motor era o mesmo do Rover 3500, com
oito cilindros em “V” e 3.532 cm³. Potência (157 cv) e torque (27,4
m.kgf) bem maiores mudavam o comportamento do carro. Suas
acelerações estavam bem mais rápidas, assim como crescia a
velocidade final. Tanto ele quanto o TR7 passaram a ser produzidos
em Coventry. |
Para curtir o sol: o TR7 Spider chegava em 1979, com capota de acionamento elétrico e maior peso pelos reforços estruturais |
A produção mudava de lugar outra vez em 1980, passando à fábrica da Rover em Solihull, mas o carro não durou muito por ali. Em outubro de 1981 a British Leyland encerrava a produção do último esportivo da Triumph. Foram produzidos 112.368 unidades do TR7 e por volta de 2.750 do TR8. Não só um modelo se despedia, mas toda uma linhagem — pode-se dizer que acabava ali a tradição dos roadsters britânicos, que seria resgatada só nos anos 90 com o MG F. Na década de 1980 o único Triumph disponível era o Acclaim, uma versão sedã do Honda Civic da época. Outra notável marca inglesa desaparecia. |
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