O ar-condicionado possui 16 difusores, incluindo a traseira, e sensores que comparam temperatura interna e incidência do sol, auto-ajustando seu funcionamento dentro do selecionado pelo usuário. Existe cortina enrolável no vidro traseiro e retrovisor interno fotocrômico. A visibilidade traseira merece críticas, com o porta-malas bastante alto, mas o retrovisor esquerdo é do tipo biconvexo, melhor que o plano ainda usado por várias marcas. |
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Bancos Momo em couro claro têm ótima aparência e conforto à altura. Possuem aquecimento e regulagem elétrica -- sem memórias, porém. A bolsa inflável do passageiro não dispara se o banco estiver vazio, e pode ser desativada por chave |
Muito espaçoso à frente, o 166 poderia ser algo mais em altura na traseira. Desconforto mesmo sofre o passageiro central, pelo encosto duro e com laterais salientes, além de não possuir encosto de cabeça nem cinto de três pontos, e de deslocar seus colegas para uma posição menos cômoda. Capacidade do porta-malas é apenas razoável -- 442 litros, menor que o do diminuto Siena --, mas há ganchos para amarrar carga e dobradiças externas (evitam interferência com a bagagem, normalmente só lembrada após sua acomodação) e pantográficas (permitem ampla abertura da tampa). Sob o piso, um estepe com roda e pneu iguais aos de serviço. O 166 traz bons detalhes, como limpador de pára-brisa automático via sensor de chuva, controle de velocidade, aquecimento dos bancos (embora pouco útil em quase todo o País), alças de teto com retorno suave, antena embutida, tomada de 12 volts para os passageiros de trás, retrovisores que podem ser recolhidos (para atravessar locais estreitos ou preservá-los dos motoqueiros), acesso ao porta-malas pelo apoio de braço traseiro -- o banco, contudo, não pode ser rebatido -- e lavadores dos faróis. Estes possuem lâmpadas de xenônio, para o facho baixo, e ajuste automático de foco, garantindo fabulosa iluminação. Com os altos de superfície complexa também acesos, a noite torna-se dia. |
Porta-malas poderia ser mais espaçoso (é menor que o do Siena), mas dobradiças pantográficas e montadas externamente evitam interferência com a bagagem já acomodada | ![]() |
Sem a ousadia dos
instrumentos em módulos separados do 156, o painel
permite leitura correta e traz indicador de portas mal
fechadas, uma a uma. O destaque é o Sistema Integrado de
Controle, com monitor de cinco polegadas no console
central, onde se ajustam ar-condicionado, computador de
bordo e sistema de áudio. Pode-se configurar velocidade
máxima (acima da qual soam alarmes), idioma (mas não
português) e padrões, como consumo em milhas por galão
inglês ou norte-americano, km/l ou litros por 100 km.
Também permite gerenciar telefone celular padrão GSM e
navegador via satélite, ainda indisponíveis no Brasil. O sistema de áudio, pela qualidade e recursos, deixaria envergonhado muito do que se instala por aí nos "carros de boy". Inclui toca-fitas, disqueteira no porta-malas, dez alto-falantes, equalizador de sete bandas com memórias para o padrão escolhido, ajustes de eco e de tamanho do ambiente. A queda suave de volume ao mudar de faixa ou de emissora é um show à parte. Os mais aficionados se esqueceriam até de dar a partida. Mecânica civilizada |
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Padrão de qualidade não deixa a desejar aos alemães. Até a suspensão mostra boa adequação a nossos pisos, apesar de algum ruído e da frente baixa |
Acionar o V6 de três
litros exige da mão um movimento algo incômodo, o que
requer revisão pela marca. Mas é um prazer a que poucos
podem se dar: são 24 válvulas, 12 velas de ignição
(duas por cilindro, sistema Twin Spark), 226 cv a 6.200
rpm de potência e um torque máximo de 28 kgf.m a 5.000
rpm, mas que se revela generoso mesmo em baixa rotação. O ronco agressivo típico da Alfa só se manifesta em altos regimes: na condução normal pouco se ouve além de alguma rumorosidade de suspensão e pneus. Mas o desempenho está acima de críticas: velocidade máxima de 236 km/h e aceleração de 0 a 100 km/h em 8,7 s. Todos os 166 vendidos no Brasil vêm com o câmbio automático Sportronic, de quatro marchas, com opção de mudanças seqüenciais e 20 programas de auto-adaptação ao estilo de direção. Sua maior particularidade é interpretar, por exemplo, que o motorista cortou rapidamente o acelerador, mantendo engatada a mesma marcha -- em geral os automáticos passam a uma superior, o que reduz o freio-motor. Se for freado em seguida, o veículo chega a reduzir marchas. Além da agradável sensação de controle, é fator de segurança em curvas, pois evita que o carro "se solte" ao tirar o pé do acelerador. Continua |
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