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O motor da versão avaliada é um veterano V6 de 3,3 litros, com ênfase nos baixos regimes: potência razoável, 158 cv a 4.700 rpm, e torque generoso, 28 m.kgf. Acoplado a um câmbio automático de quatro marchas, permite rendimento satisfatório mesmo com o veículo carregado. O desempenho divulgado é bom na aceleração de 0 a 100 km/h (11,7 segundos) e regular em velocidade máxima (175 km/h), em função da área frontal elevada. O coeficiente aerodinâmico (Cx) é contemporâneo, 0,35.

Desempenho do V6 de 3,3 litros é adequado, mas as melhores surpresas são o conforto da suspensão e o bom comportamento dinâmico
Consumo não costuma ser a preocupação de quem compra um carro de R$ 100 mil, mas a Chrysler divulga marcas adequadas, 7,6 km/l em cidade e 10,1 km/l em estrada. Obtivemos índices pouco inferiores, indicados no computador de bordo, durante a avaliação.

E como é dirigir essas quase duas toneladas de conforto? Diferente, mas muito agradável. O motorista estranha de início as dimensões, que parecem excessivas para as ruas de uma grande cidade como São Paulo, mas logo se habitua. O motor responde bem e o câmbio automático, com alavanca na coluna de direção, tem funcionamento suave e engates leves e precisos, superiores ao do Dakota R/T da mesma marca (leia avaliação completa).

Mesmo com sete a bordo, ainda resta um amplo porta-malas. Os pára-sóis têm
iluminação ajustável e um extensor para cobrir a região junto ao retrovisor interno

Exceto pelo vento sendo cortado pela ampla carroceria em velocidade mais alta, pouco se ouve no interior da Grand Caravan -- o motor em marcha-lenta parece desligado. A suspensão traseira de eixo rígido lembra em concepção as de utilitários, resultando em certa vibração em pisos mais irregulares, mas o padrão de conforto está bem acima do encontrado na grande maioria deles.

A minivan passa por lombadas com desenvoltura e não sofre com ventos laterais, apesar de tão alta. Nota-se o bom projeto -- e, importante, a adequação ao tipo de uso europeu -- também no comportamento dinâmico, podendo-se trafegar rápido em boas estradas e fazer curvas sem a preocupação presente nos utilitários-esporte. Apenas os freios poderiam ter comando mais leve e rápido: como exigem certa pressão, fica a sensação de pouca potência, que não é verdadeira.

Alguns pontos merecem correção, mas a Grand Caravan transmite a sensação de um grande investimento para os R$ 100 mil que custa
Depois de mais de 1.000 km ao volante da Grand Caravan, fica-se com a impressão de um veículo muito coerente com sua proposta e capaz de agradar e surpreender a quem não o conhece a fundo. O preço de mais de R$ 100 mil não é baixo, mas o carro infunde a sensação de um capital muito bem investido. Continua
Para 2001, uma nova Caravan
A Grand Caravan avaliada corresponde à segunda geração, lançada em 1991, do modelo introduzido nos EUA em 1983. No último Salão de Detroit (leia cobertura) a Chrysler apresentou sua terceira geração, modelo 2001, com diversas inovações no segmento.

As linhas gerais se mantêm, mas o comprimento é maior, os faróis e as lanternas cresceram e há um vinco nas laterais. São inéditos no segmento: abertura elétrica da tampa traseira; portas laterais corrediças de comando elétrico, mas que podem ser movidas manualmente, e com detetor de obstáculos ao abrir e fechar; console central que desliza entre os bancos, também com comando elétrico, e pode ser removido; ar-condicionado com três zonas de controle de temperatura; toca-CD para quatro discos no painel.

Outras novidades são bolsas infláveis laterais e novo sistema antifurto. O motor V6 3,3 passa para 180 cv e o 3,8, que tinha esta potência, chega a 215 cv. Para quem quiser ainda mais, há o moderno V6 de duplo comando, 24 válvulas, 3,5 litros e 230 cv, similar ao do 300M e Prowler e o mais potente numa minivan no mundo.

A nova geração deve chegar ao Brasil tão logo se inicie sua produção na fábrica Eurostar em Graz, na Áustria, o que está previsto para o início do próximo ano.

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