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Se não chega a inovar como seu irmão maior, o Focus -- com o qual se parece muito em alguns detalhes, como os arcos de pára-lamas bem pronunciados --, o Fiesta agrada aos olhos. A inclinação e a posição avançada do pára-brisa, combinadas ao capô em cunha acentuada, fazem lembrar uma minivan. Os faróis não voltaram a usar duplo refletor, como no modelo de 1996 a 1999, mas ganharam lente de policarbonato. Falta a lanterna traseira de neblina.

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O carro cresceu em todas as dimensões, chegando a 11 cm na altura. Itens nunca
oferecidos no Fiesta agora são, como freios ABS e travamento das portas a distância

Como já ocorreu com Corsa e Polo, seus concorrentes mais diretos, o carro cresceu em várias dimensões: 67 mm na largura, 110 mm na altura, 80 mm no comprimento e 42 mm na distância entre eixos (2,48 metros, menor apenas que a do GM em seu segmento, por 1 cm apenas); a bitola dianteira aumentou 60,5 mm e a traseira 79,5 mm. Assim, conseguiu-se grande melhora em espaço interno, sobretudo para as cabeças de todos os ocupantes e as pernas de quem se senta atrás, pontos críticos do modelo antigo.

O ambiente interno é todo novo mas, como no Fiesta antigo, decepciona pelos materiais empregados: nada de plásticos suaves como os do Focus. Os bancos, com espuma de alta densidade (bastante firme), são revestidos em tecido mediano e escuro, deixando saudades do aveludado cinza-claro anterior. A posição do motorista segue a "tendência minivan" de altura elevada, mas agora há espaço para os mais altos (um metro do assento ao teto) e o assento pode ser rebaixado pelo novo ajuste -- o volante, porém, não tem regulagem.

Acabamento está longe do requinte de um Focus, mas o espaço aumentou muito.
Os bancos têm espuma bem mais firme e o do motorista pode ser ajustado em altura

No painel são interessantes os difusores de ar ressaltados (os mesmos do Ka, ótimos de usar), mas não foi mantido o recuo à frente do passageiro, que garantia maior sensação de espaço. Entre os instrumentos, novidade é o pequeno mostrador digital com os indicadores de combustível e temperatura -- não a melhor solução quanto à leitura. Mesmo os demais instrumentos são difíceis de ler sob certas condições, pois o fundo cinza não contrasta com os dígitos escuros. E o conta-giros do 1,6 deveria ser revisto, pois o corte do motor (6.200 rpm) está 1.000 rpm abaixo do final da escala.

Alguns inconvenientes permanecem como antes: botão do pisca-alerta na coluna de direção, pára-brisa sem faixa degradê, banco traseiro com apenas o encosto bipartido e um acabamento muito precário no porta-malas. Faltam ainda temporizador do controle elétrico dos vidros e travamento automático das portas ao rodar, que vários concorrentes oferecem. E o volante está menos agradável ao tato.

A Ford finalmente volta a instalar rádio/toca-CD, mas é um modelo compacto e com botões minúsculos, em vez do amplo e fácil de usar que um dia foi oferecido. Em contrapartida, há bom espaço para objetos, incluindo um porta-garrafa no console central opcional, e o porta-malas aumentou bastante, mesmo com o estepe agora guardado em seu interior: foi de 250 para 305 litros, passando à liderança na categoria.

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O painel ganhou difusores de ar do Ka, rádio/toca-CD e mostrador digital para
temperatura e combustível, de leitura difícil. Há bom espaço para objetos 

Compressor no motor 1,0   O novo Fiesta marca a estréia no Brasil de uma solução rara no mundo todo: compressor de acionamento mecânico em um motor pequeno, de 1,0 litro. Desenvolvido e fabricado aqui mesmo, com base no Zetec Rocam de oito válvulas e 65 cv, o novo motor Supercharger (termo em inglês para compressor) obteve 95 cv de potência, a mesma do antigo 1,6, embora perca para este em torque.

Não se trata de turbocompressor, como no Gol: enquanto no turbo o superalimentador é acionado pela pressão dos gases de escapamento (o que dificulta fazê-lo funcionar em baixa rotação, embora o VW seja brilhante neste aspecto), o compressor mecânico é ligado diretamente ao virabrequim por uma correia, o que gera respostas rápidas desde os regimes mais baixos. Continua

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