


Um carro que se venderia só pelo charme:
o desenho ainda moderno do 206 fica
muito agradável na versão Coupé-Cabriolet |
Quem não suspirou, entre
a segunda metade da década de 80 e a primeira da de 90, pelos
conversíveis Escort XR3 e
Kadett GSi? Nossos únicos carros
de série a céu aberto — à parte o longínquo
Karmann-Ghia dos anos 60 —
carregavam uma aura de charme e descontração que garante, até hoje, sua
preservação por alguns zelosos proprietários que sabem não haver
substituto para eles.
Em um mercado pobre em versões esportivas e um país onde raramente se
pode rodar tão exposto pelos centros urbanos, um conversível de preço
mais acessível hoje parece distante da realidade. O segmento
praticamente se extinguiu, mesmo com a chegada dos importados — até o
Mazda Miata, que marcou o retorno dessa categoria no mercado americano,
vendeu muito pouco por aqui. Atualmente, abaixo dos R$ 231 mil que custa
o Audi TT Roadster, e com exceção das
réplicas de Porsche da Chamonix,
só existe um conversível no Brasil: o Peugeot 206 CC.
Oferecido a R$ 66,6 mil, o simpático francês não é o que se pode chamar
de barato, mas até que o preço se justifica. Um 206 Rallye nacional com
todos os opcionais chega a R$ 36 mil. Com a adição dos equipamentos de
série do CC (veja relação) e da capota
retrátil, passaria facilmente dos R$ 50 mil. O resto é conseqüência de
atravessar um Atlântico e de pagar imposto de importação, o que não
acontece com o hatch fabricado em Porto Real, RJ.
Pelo preço de um Golf GTI ou Stilo Abarth o comprador do CC não levará o
mesmo desempenho ou espaço para a família, mas ele compensa tudo isso
com o prazer de rodar a céu aberto. E traz uma grande vantagem sobre os
conversíveis citados acima, mesmo os que possuem comando elétrico da
capota: o teto rígido.
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