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Pólos opostos de grande atração

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Um amplo e luxuoso, outro médio e muito picante, dois Audis
 mostram como um motor V8 pode dar prazer ao motorista

Texto: Fabrício Samahá - Fotos do autor e de André Larangeira
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A ampla grade dá um ar mais imponente ao A8, que mede mais de cinco metros e tem carroceria de alumínio; o interior esbanja requinte e traz soluções como freio de estacionamento automático, partida do motor sem uso de chave e reconhecimento da digital de cada motorista (à direita do câmbio)

Julho é mês de férias, de agitação em Campos do Jordão e... de experimentar alguns brinquedos interessantes que a Audi leva a seu estande na estância de inverno paulista. Já foi assim com o S3 e a perua S4 Avant. Desta vez, o BCWS subiu a serra — e desceu e subiu de novo três vezes... — com os renovados sedãs S4 e A8.

Embora usem o mesmo motor básico, um V8 de 4,2 litros, eles não poderiam ser mais diferentes. O A8, o maior e mais confortável dos Audis, usa o V-oitão para empurrar sua 1,8 tonelada com surpreendente agilidade. Enquanto isso, o S4 é a versão picante do A4, que teve o desenho reformulado para 2005. Embora não seja o mais rápido da linha — já existe na Europa o RS4, de 420 cv —, seus 344 cv garantem emoção até ao mais pacato motorista.

Começamos pelo A8, cuja carroceria de alumínio expressa na parte externa o requinte que o interior reserva. Sua versão W12 foi o primeiro modelo da marca com a ampla grade em forma de trapézio, hoje estendida a quase toda a linha (falta o esportivo TT), mas o V8 que dirigimos só a recebeu recentemente. Seu efeito estético é interessante, servindo bem para compor a identidade da família, embora não receba aprovação unânime. O restante da carroceria mantém o estilo elegante adotado em 2002 na segunda geração do carro, que tem notável aerodinâmica (Cx 0,27). Os faróis orientam-se na direção das curvas.

O interior do A8 cativa pelo bom gosto, em especial com o acabamento em tom bege da unidade avaliada — difícil entender por que tem tão pouca aceitação no Brasil. Um de seus recursos mais interessantes é o mostrador de cristal líquido do MMI (Multi Media Interface), que surge no centro do painel ao ligar a ignição. É por ali que, comandando um botão no console, visualizam-se informações para ajustar suspensão, sistema de áudio e outros recursos. As operações não chegam a ser complicadas, mas sem treinamento prévio não se pode, por exemplo, sair rodando e depois ligar o rádio, como em um automóvel qualquer.

Mas é um fato que o A8 não é um carro comum. Isso fica evidente em tudo, do acabamento sofisticado à suavidade de rodagem, passando por soluções interessantes: acesso e partida sem chave (basta mantê-la no bolso), sistema de reconhecimento das impressões digitais do motorista (para ajustar banco, retrovisores e áudio a suas preferências registradas), freio de estacionamento automático, quatro áreas com ajustes independentes para o ar-condicionado e ajuste elétrico para tudo — até a posição do encosto de cabeça. Continua

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Data de publicação: 21/7/05

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