Menos ousado que os Séries 1
e 7, o desenho do mais vendido BMW ficou muito atraente, sobretudo
ao vivo, e manteve elementos como a "borda" na tampa do porta-malas
lançada duas gerações atrás |
Desde a reformulação do Série 7, em
2001, os numerosos fãs do BMW Série 3 aguardavam com algum receio o lançamento
de sua nova geração, sucessora da E46 lançada em 1998. É que as linhas
introduzidas, tanto naquele sedã quanto em outros modelos recentes (os
Séries 1,
5 e 6),
pelo chefe de estilo Chris Bangle vinham gerando grande polêmica,
dividindo o mundo dos entusiastas entre os que adoraram sua inovação e
os que o queriam longe da marca bávara.
Foram anos de expectativa até que a divulgação do novo Série 3 (geração
E90), em outubro último, afastou os temores. Bangle parece ter aprendido
com as críticas e desta vez, em que trabalhou no carro-chefe da marca —
responsável por cerca de 60% de suas vendas no mundo —, optou por algo
mais moderado, que expressa evolução sem chocar. Embora alguns possam
achar que ainda há vincos, ângulos e arestas demais, ou que a traseira
fica devendo imponência (as lanternas parecem as do antigo Nissan
Primera), o carro agrada muito ao vivo, mais que nas fotos, e tem toda a cara de BMW.
Contudo, não impressiona
em aerodinâmica, com Cx 0,30 (0,28 no
320i, de pneus mais estreitos).
Apenas dois meses depois da apresentação mundial, no Salão de Genebra, o E90 já chega ao Brasil em
três versões, que repetem as denominações do
anterior: 320i, com motor de quatro cilindros, 2,0 litros e 150
cv; 325i, com o seis-em-linha de 2,5 litros e 218 cv; e 330i, de seis
cilindros, 3,0 litros e 258 cv. Todos vêm para cá apenas com câmbio
automático de seis marchas, com modo de operação seqüencial: não teremos
as caixas manual e automatizada SMG.
Os preços são de R$ 169,5 mil para o 320i, R$ 229,5 mil para o 325i, R$
244,5 mil para o 330i Top e R$ 289,5 mil para o 330i Sport, estes
diferenciados em itens de acabamento. São competitivos diante das
versões equivalente do Audi A4 e do Mercedes-Benz
Classe C, os eternos adversários, quando se leva em conta a farta
dotação de equipamentos do modelo bávaro.
Continua |