Apliques de
madeira valorizam o ambiente, que conta com memória para os ajustes dos
bancos, bússola no retrovisor e iluminação permanente dos instrumentos
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O interior:
acabamento requintado e bom espaço, mas apenas razoável em altura no
banco traseiro
Um
elemento do antigo ES – as janelas sem molduras – foi abolido,
possivelmente para garantir melhor vedação e absorção de ruídos. Mas é
grande a identificação entre as duas gerações, inclusive pela grade
"vazia", pois o emblema dianteiro fica no capô. A distância entre eixos
cresceu cinco centímetros, mas ainda é modesta para seu porte (2,72
metros), e o coeficiente aerodinâmico (Cx)
está em 0,28, dos melhores.
Ambiente
luxuoso
Se por fora é discreto, por dentro o ES impressiona muito bem: alta
qualidade em todos os materiais, desenho agradável do painel e volante,
apliques de madeira legítima nessas peças e nas portas. Um ambiente
requintado e de bom gosto, em que tudo parece concebido para cumprir sua
função com elegância – a exemplo do rádio, tão integrado ao painel
quanto os comandos de ventilação. A criticar, a absoluta falta de
pequenos porta-objetos para o dia-a-dia, sendo preciso recorrer às
portas ou ao grande espaço sob o apoio de braço, onde existe até saída
de energia 12 volts.
O volante de três raios e os instrumentos em três módulos deixaram o
posto de condução do novo ES um pouco mais esportivo que o do antigo,
mas não se engane: o objetivo aqui ainda é o conforto, não os dotes
dinâmicos. O painel possui a iluminação Optitron, acesa sempre que a
ignição está ligada e com menor intensidade ao se acenderem as luzes
externas – é bem-vindo o acionamento automático dos faróis, pois o
recurso pode fazer os menos atentos esquecê-los até o dia escurecer. No
atual 330 há computador de bordo, que fazia falta no anterior, mas a
indicação de consumo deveria ser em km/l e não l/100 km.
Apesar das dimensões avantajadas – 4,85 metros de comprimento, 1,81 m de
largura –, o Lexus não surpreende no espaço no banco traseiro, bom para
ombros e pernas, mas apenas satisfatório em altura, por causa do teto em
linha descendente. Já os bancos dianteiros são muito cômodos, com
ajustes elétricos (até para o apoio lombar, só no do motorista) e duas
memórias, que incluem os retrovisores. Embora não haja regulagem de
profundidade do volante, inesperado nesse padrão de automóvel, é fácil
obter boa posição de dirigir. Habitual no ES, o freio de estacionamento
é por pedal, como em vários Mercedes-Benz, com liberação ao se pisar
mais fundo.
Continua |