




De cima para baixo: as formas
criativas do puxador das portas, o eficiente sensor de estacionamento
com LEDs graduais, porta-malas prejudicado pela capota guardada, o
estepe compacto, que precisa ser inflado para o uso, e o extintor que
incomoda as pernas quando se entra e sai
|
Motor pequeno surpreende
A cilindrada
desta versão de quatro cilindros do SLK — 1,8 litro — pode levar alguns
a torcer o nariz, mas não há razão. Dotado de compressor, quatro
válvulas por cilindro e variador de fase
nos comandos de admissão e escapamento (leia mais
sobre técnica), é um dos motores mais brilhantes que já
experimentamos em sua faixa: desenvolve 163 cv de potência e 24,4 m.kgf
de torque de 3.000 a 4.000 rpm. Na prática, mesmo usando as rotações
mais baixas permitidas pelo câmbio automático (de série), há sempre boa
disposição e a sensação de maior cilindrada, algo como 2,5 litros. A
simulação do BCWS (veja abaixo) indicou marcas adequadas à
proposta.
Além disso, o motor é isento de qualquer vibração (há
árvores de
balanceamento) e produz um ronco delicioso, que mostra um bem-feito
projeto de escapamento. É difícil saber o que agrada mais: a faixa de
2.500 a 3.000 rpm, quando se ouve o zunido do compressor e o som começa a encorpar, convidando a manter o pé a todo
acelerador, ou a região próxima ao limite de giros (6.200 rpm), onde
ele "urra" como todo motor feito para ser explorado em sua plenitude. É
claro que tudo seria mais interessante com o V6 de 3,5 litros e 272 cv
do SLK 350 — para não falar do V8 5,4 de 360 cv do AMG —, mas o 200
Kompressor está em boa medida e tem uma polpuda vantagem no preço.
Continua |
A simulação do consultor
Iran Cartaxo para o BCWS indicou um bom desempenho para o
SLK, mas sem marcas estonteantes. Acelerar de 0 a 100 em 10,7
segundos é apenas razoável para um carro esporte; já a máxima de
222 km/h está em boa medida, ajudada pelo baixo Cx, reduzida
área frontal (percebidos pelo baixo consumo de potência a 120
km/h) e correta definição de relações de transmissão
(a máxima é atingida com o motor só 200 rpm abaixo do ponto de
maior potência, 5.500 giros). O consumo do SLK revelou-se
bastante bom para o tipo de carro, embora não seja uma prioridade de quem
paga o que ele custa. |
Velocidade
máxima |
222 km/h |
Regime à
vel. máxima (5ª.) |
5.350 rpm |
Regime a
120 km/h (5ª.) |
2.900 rpm |
Potência a
120 km/h |
26 cv |
Aceleração
de 0 a 100 km/h |
10,7 s |
Aceleração
de 0 a 400 m |
17,4 s |
Aceleração
de 0 a 1.000 m |
31,3 s |
Retomada 80
a 120 km/h (drive) |
7,4 s |
Retomada 60
a 100 km/h (drive) |
5,8 s |
Consumo em
cidade |
7,1 km/l |
Consumo em
estrada |
11,8 km/l |
Consumo a
60 km/h constantes |
11,9 km/l |
Consumo a
80 km/h constantes |
12,9 km/l |
Consumo a
100 km/h constantes |
12,0 km/l |
Consumo a
120 km/h constantes |
11,0 km/l |
Obs.: os resultados de
consumo não devem ser comparados aos de avaliações até
agosto/2004 |
Conheça
o simulador e os ciclos de consumo |
|