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No espaçoso banco traseiro do sedã, o sistema de entretenimento conta com monitores de DVD nos encostos, também presentes no 525i GT Top

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A tela central em duas operações: o navegador, funcional no Brasil, e a imagem da câmera traseira com as linhas de orientação para manobras

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As suspensões usam alumínio, como várias partes da carroceria, e há opção de controle eletrônico de amortecedores e barras estabilizadoras

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Um BMW bem diferente: é o 535i Gran Turismo, com formato de hatch e dimensões maiores que as do sedã em comprimento, largura e altura

Uma peculiaridade do sistema é que também as rodas traseiras esterçam em pequeno ângulo (até 2,5 graus), no sentido inverso ao das dianteiras em baixa velocidade, para facilitar manobras urbanas. Em alta velocidade, os mesmos 2,5 graus esterçam as rodas traseiras no mesmo sentido das dianteiras, o que auxilia a estabilidade. As suspensões podem vir com controle eletrônico de amortecimento (de forma contínua e separada para compressão e distensão, primazia mundial lançada no Série 7) e das barras estabilizadoras. Seu funcionamento admite ajuste pelo sistema Dynamic Drive Control, assim como respostas do acelerador e da central eletrônica do motor, assistência de direção, mudanças de marcha e controle de estabilidade. Os freios são regenerativos, isto é, aproveitam energia para recarregar a bateria.

O hatch é maior   Depois de toda a ousadia do modelo anterior em termos de desenho, a BMW foi mais moderada e apenas evoluiu o tema para este novo sedã Série 5, de codinome F10. O que mais chama atenção é o acréscimo de vincos no capô e nas laterais, em superfícies antes planas e "limpas". Há também uma grade dupla mais larga, faróis com aros de leds para iluminação diurna e lanternas traseiras com o mesmo dispositivo. A maior distância entre eixos da categoria, 2,97 metros, acentua o arranjo típico da marca em que as rodas — as dianteiras em especial — ficam perto das extremidades do carro. Portas, para-lamas dianteiros, compartimento do motor e grande parte da suspensão são de alumínio para eliminar peso e distribuí-lo melhor entre os eixos. O coeficiente aerodinâmico (Cx) é bom, 0,28.

Ao contrário do que costuma acontecer com os hatches, o GT (codinome F07) tem maiores dimensões que o sedã, caso do entre-eixos 10 centímetros mais longo, pois herdou a plataforma do Série 7. É também 10 cm mais longo, 4 cm mais largo e quase 10 cm mais alto, o que o deixa bem diferente do baixo sedã — e menos aerodinâmico, pois tem Cx apenas razoável de 0,31. Seu estilo vai dividir opiniões, pois a BMW deu prioridade à impressão de robustez sobre a harmonia de linhas. Não cativa os olhos de imediato como, por exemplo, o concorrente Audi A5 Sportback. Para o motorista o aspecto interno é praticamente o mesmo em ambos, mas ele se senta mais alto no hatch, com o que a marca buscou uma sensação próxima à de um crossover como seu X6.

Em qualquer um deles o acabamento interno está à altura do que o preço faz esperar e há fartos itens de conveniência. Banco, volante, pedais, comandos: tudo tem lugar, forma e funcionamento exatos, como a marca bávara tem feito com maestria por décadas. O comando do sistema I-Drive no console central, como um mouse de computador, permite controlar diversas funções exibidas na tela central do painel. Ali também é mostrado o sistema de navegação, funcional no Brasil. O sistema de entretenimento traz duas grandes telas nos encostos de cabeça dos bancos dianteiros, pelas quais os ocupantes do banco traseiro podem assistir a filmes em DVD e controlar o sistema com controle remoto.

E conforto não falta ali. As duas poltronas — esse é o nome, poltronas — são separadas por um alto console central e têm ajuste longitudinal em 10 cm, para que se possa obter o espaço para pernas de um Série 7 ou ficar com o mesmo do sedã 5 e ganhar capacidade de bagagem. Assim, o compartimento do GT varia de 440 a 590 litros e pode superar o do sedã (520 litros). Vantagem adicional é poder acessar a bagagem por uma ampla quinta porta. Interessante é que o acesso pode se dar também por uma tampa menor, sem incluir o vidro traseiro, para que eventuais passageiros no veículo não sejam perturbados por ruídos ou variações de temperatura.

Ao volante   O lançamento para a imprensa especializada foi realizado numa das fábricas da Embraer, situada no município de Gavião Peixoto, na região central do estado de São Paulo. A razão da escolha desse local se encontra em parte pelo cenário altamente condizente com a aura de tecnologia que envolve a BMW. Além disso, a empresa alemã e a Embraer têm um acordo de colaboração, para que os elegantes e funcionais interiores dos carros da marca tenham seus princípios de desenho e ergonomia transpostos para a linha de jatos executivos da fábrica de aviões brasileira. Pensando bem, o dono de um jato executivo Phenom 100 ou 300 pode ser cliente de um BMW Série 5.

O programa foi articulado para os jornalistas experimentarem brevemente todas as versões e as mais diferenciadas tecnologias. Nossa tarde BMW começou ao volante de um sedã 550i num percurso rodoviário nas cercanias da fábrica da Embraer, onde conferimos o sistema anticolisão que "enxerga" o que está à frente e freia ou acelera o carro sem a intervenção do motorista. Em fila indiana, cinco 550i seguiam um instrutor no BMW Z4 que informava via rádio como inserir o sistema. Na sequência foram reproduzidas situações onde, a partir de uma velocidade padrão estabilizada — 80, 100 ou 120 km/h —, o "líder" da fila reduzia abruptamente a velocidade e o sistema atuava, freando o grande sedã sem que houvesse nenhuma ação do motorista. Uma vez que o carro à frente retomasse a velocidade, o mesmo ocorria com nosso carro sem necessidade de tocar o acelerador.

A programação seguiu com a exibição do sistema de estacionamento automático, que se vale de sensores e câmeras instalados por todo o perímetro do carro. Como funciona? Simples: uma vez ativado o sistema, e sempre abaixo de 35 km/h, o carro "procura" por uma vaga lateral e, quando a encontra, avisa o motorista, que então tem que apenas engatar a ré e controlar o acelerador e os freios. O grande BMW gira o volante sozinho e no grande mostrador do painel a câmera traseira mostra a manobra. Uma vez dentro da vaga, ao engatar primeira, o carro se encaixa e dá o serviço por encerrado.

O grande momento desse primeiro contato com o Série 5 foi o teste do 535i GT Top na pista da Embraer, a mais longa da America Latina, com quase cinco quilômetros de extensão. E nesse ambiente supratecnológico, as tarefas padronizadas pelos instrutores da BMW eram a simulação de uma aceleração intensa até 180 ou 200 km/h usando o controle de tração, uma frenagem a 120 km/h e — viva — um slalom para verificar as capacidades do controle de estabilidade. Continua

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