Mesmo que não possa agradar a
todos, o desenho do X6 conquista com o tempo por sua forte identidade;
as rodas da versão 35i são de 19 pol |
Praticidade. Como seria o mundo se tudo devesse ser, necessariamente,
prático? Seria melhor ou pior? Será que conseguiríamos viver sem o
supérfluo, sem o desnecessário, sem o exagero?
Essas perguntas já foram feitas em um vídeo promocional de um esportivo
alemão e, quando tentamos respondê-las, a conclusão a que se chega é que
não, não podemos viver sem essas coisas que nós mesmos julgamos
desnecessárias. E isso tudo por um simples motivo: porque o supérfluo, o
desnecessário, o exagerado nos traz prazer, satisfação, até mesmo
realização e paz interior.
Olhar o BMW X6 e pensar dessa forma são indissociáveis. Qual seria a
razão de se mesclar o conceito de cupê com o de utilitário esporte? Não
seriam conceitos díspares e antagônicos? Enquanto um cupê preza a
esportividade, o prazer e a diversão ao dirigir, penalizando o espaço
interno e a versatilidade de uso para isso, o utilitário esporte busca
justamente o espaço e a capacidade de unir, com conforto,
características de automóvel e de veículo fora-de-estrada. Qual seria,
então, o motivo de unir esses conceitos tão opostos?
Para os alemães da Bavária, a razão para isso era ser inovador. Se seus
vizinhos já haviam combinado o estilo de um cupê às quatro portas de um
sedã, com o Mercedes-Benz CLS e o
Volkswagen Passat CC, os bávaros
não poderiam ficar para trás e resolveram inovar com algo um pouco
diferente: o X6, um típico crossover.
Eles construíram um carro com 4,87 metros de comprimento, 1,98 m de
largura e 1,69 m de altura que compartilha a plataforma do utilitário
esporte X5, mas leva somente quatro pessoas e
não dispõe do mesmo espaço de bagagem que seu irmão mais velho — o X6
leva 570 litros, e o X5, 620. De resto, o utilitário pode levar mais
dois passageiros neste compartimento, fator de conveniência que o
crossover não tem como oferecer.
O X6 (código de projeto E71) ficou grande, imponente, e causou polêmica sobre seu desenho. É
preciso algum tempo para se acostumar a suas linhas, mas, uma vez
habituado, passa-se a achar o conjunto mais interessante que o do X5,
Claro, sempre haverá quem não o aprove e teça sérias criticas. Não dá
para agradar a gregos e troianos.
A parte dianteira é inspirada na do X5, incluindo algumas peças
compartilhadas como o capô, mas todo o resto é exclusivo, como
pára-choque, pára-lamas e faróis. O pára-choque possui entradas de ar
maiores e grade protetora com outro revestimento, para aspecto mais
esportivo. Os faróis são diferentes porque não têm a extremidade curva,
mas sim pontiaguda, o que motivou a mudança dos pára-lamas. O
coeficiente aerodinâmico (Cx) do X6, de
0,34, aumenta para 0,36 na versão com motor V8 em função de rodas e
pneus.
Continua |