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Acesso e conforto da terceira fila são precários; ao ser rebatida, o assoalho é plano e o espaço chega a 620 l

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No novo câmbio (ao lado do iDrive) a alavanca volta à posição original; a câmera opcional facilita estacionar

 
Americano e europeu
Apesar de todo X5 ser fabricado em Spartanburg, nos Estados Unidos, alguns chegarão ao Brasil com especificação americana (já este mês), e outros, com a européia (a partir de junho). A BMW justifica que a primeira permitiu ganhar tempo em trazê-lo, embora a segunda seja mais coerente com nossa legislação e com o padrão dos automóveis da marca.

As diferenças são várias. O "americano" segue os padrões locais de segurança, como lanternas traseiras com luz de direção vermelha (e não âmbar), retrovisor esquerdo plano (em vez de convexo), direito com aviso sobre a lente convexa e bolsas infláveis maiores, que não prevêem a necessidade de uso de cintos, pois não é obrigatório em alguns estados dos EUA. O aparelho de áudio também é diferente: no "europeu" terá mais recursos multimídia.

Ainda, o velocímetro da primeira versão tem a graduação principal em milhas por hora (a de km/h é secundária) e o indicador de consumo instantâneo usa o padrão de milhas por galão (em vez de litros por 100 km como no "europeu"). Quanto ao hodômetro e as indicações do computador de bordo não há problema, pois a BMW configura os carros para o padrão brasileiro.

Rodas e pneus também mudam. O "americano" usa rodas de 9 x 19 pol com pneus 255/50; o "europeu" terá 8,5 x 18 pol com 255/55, na versão Top, e um conjunto diferenciado no acabamento Sport: rodas dianteiras de 9 x 19 pol com 255/50, traseiras de 10 x 19 pol com 285/45. O que traz uma última diferença, que nem consta da informação à imprensa, mas chamou a atenção do Best Cars: o "americano" usa pneus com código de velocidade H, adequado a até 210 km/h. Questionada, a BMW admitiu que essas unidades vêm limitadas a 220 km/h, contra 240 das "européias", que terão pneus apropriados a maior velocidade.

O interior do X5 ganhou aspecto mais moderno, mas dentro do esperado em um BMW. Inédito no modelo é o iDrive, uma espécie de mouse no console que controla funções como áudio, navegação e configuração dos vários sistemas — até mesmo definir a melhor utilidade para dois botões vagos no volante. Os bancos têm amplas regulagens elétricas, com duas memórias no do motorista, e o ajuste do volante é também elétrico. A chave eletrônica não dá partida, o que é feito por um botão no painel.

Como se espera, há muitos itens de conveniência: o novo freio de estacionamento com comando elétrico, fechamento assistido da quinta porta, sensores auxiliares de estacionamento dianteiro e traseiro com indicação gráfica, ar-condicionado automático com duas áreas de ajuste (não quatro, como em alguns mercados), controlador de velocidade ativo, teto solar duplo (duas seções de vidro que basculam em separado) e com forro elétrico, limpador de pára-brisa automático. No exterior há projeção de velocidade, navegação e aviso de problemas no pára-brisa, não incluída no Brasil.

O sofisticado sistema de áudio conta com rádio/toca-CDs para seis discos no painel, leitura de MP3 e dois subwoofers debaixo dos bancos dianteiros. E, como no Q7, uma câmera (opcional) mostra o que há atrás do veículo em manobras, enquanto um engenhoso sistema aponta a trajetória conforme a posição do volante, o que facilita em muito estacionar. Outra câmera, sob o retrovisor esquerdo, ajuda a evitar colisões com obstáculos nessa região.

O compartimento de bagagem leva 200 litros com sete lugares, 620 l com cinco lugares e pode chegar a 1.750 l com o rebatimento de ambas as fileiras, segundo o fabricante. Sob o assoalho há um amplo porta-objetos, pois o X5 não usa mais estepe: os pneus estão aptos a rodar vazios. Os faróis têm lâmpadas de xenônio em ambos os fachos e efeito autodirecional, que inclui as luzes de neblina para melhor iluminação em curvas fechadas. Nas lanternas traseiras, por LEDs, as luzes de freio variam de acordo com a intensidade da frenagem. O aparato de segurança abrange ainda oito bolsas infláveis: frontais, laterais de tórax dianteiras e traseiras, cortinas.

Evolução técnica   Já conhecido de outros modelos como o 550i avaliado em outubro, o motor V8 de 4,8 litros vem em configuração mais "mansa" que a do X5 4.8iS da geração anterior. A potência de 355 cv chega a altas 6.300 rpm, mas o torque máximo de 48,4 m.kgf está presente já a 3.400 rpm. Estão presentes o variador dos comandos de válvulas (Duplo VANOS), que atua na admissão e no escapamento, e o sistema Valvetronic, em que as válvulas de admissão fazem o papel das borboletas de aceleração. Apesar do peso expressivo de 2.245 kg, a BMW divulga o ótimo tempo de 6,5 segundos para a aceleração de 0 a 100 km/h. A velocidade máxima de 240 km/h (220 na versão americana) é limitada pela central eletrônica.

Novo recurso é o alternador inteligente, cuja recarga da bateria é maior quando o motor é menos solicitado. O câmbio automático agora tem seis marchas e alavanca de novo padrão, que volta à posição original após selecionar P, R, N, D ou o modo manual de troca de marchas — reduções para frente, mudanças ascendentes para trás. A posição P é comandada por um botão; outro seleciona o modo esporte. Dentro da caixa, o conversor de torque tem o que a BMW chama de turbina torcional de amortecimento, recurso para reduzir as perdas do conversor e ganhar agilidade nas respostas ao acelerador.

A suspensão dianteira rompe uma tradição: o esquema McPherson — de todo BMW desde 1961 — deu lugar ao de braços sobrepostos, enquanto na traseira permanece o multibraço, ambas com vasto uso de alumínio (conheça os tipos de suspensão). O controle eletrônico ajusta tanto o amortecimento quanto a atuação das barras estabilizadoras, com opção entre programa de conforto e esportivo. Continua

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