Com sofisticada tração
integral que reparte o torque até entre as rodas traseiras, o X6
surpreende pelo comportamento: parece um esportivo
O motor de 3,0 litros, com
injeção direta e um turbo para cada três cilindros, entrega o torque
máximo de 40,8 m.kgf a apenas 1.300 rpm |
Merece destaque também o revestimento do porta-malas em carpete de alta
qualidade, com ganchos deslizantes nas laterais do piso para fixação da
bagagem e tampa de estepe com mola a gás. O banco traseiro pode ser
rebatido no todo ou em parte e o estepe temporário, na medida
155/90 R 18, vem acompanhado de uma excelente caixa de ferramentas como
já é praxe na BMW.
Resposta imediata Mas as
estrelas do BMW X6 estão sob o capô e o próprio carro: seu motor e seu
sistema de tração. No mercado brasileiro ele conta com duas opções de
motores. O primeiro de seis cilindros em linha e 2.979 cm³, que rende a
potência de 306 cv, versão esta avaliada pelo Best Cars; o outro é um V8
de 4.395 cm³ e 407 cv. Ambos usam dois
turbocompressores — um para cada três ou quatro cilindros, conforme
o caso — e injeção direta de combustível.
Em um primeiro momento, pelo porte do carro, pensa-se que um motor de
seis cilindros não seria suficiente para o desempenho esportivo que sua
proposta sugere. A impressão, porém, acaba logo na primeira acelerada
mais vigorosa. Com dois turbos pequenos e de baixa inércia (saiba
mais sobre técnica), o seis-em-linha dá conta do recado. Mais que os
306 cv entre 5.800 rpm e 6.250 rpm, impressiona o torque máximo de 40,8
m.kgf disponível entre 1.300 e 5.000 rpm. Com esses números, percebe-se
por que esse motor consegue deslocar a massa de 2.145 kg do X6 com
facilidade. Alta potência e torque distribuído em todas as faixas de
rotação fazem com que o desempenho seja muito superior ao esperado.
Impressiona também a suavidade com que os turbos entram e trabalham. Mal
se nota que se trata de um motor superalimentado. O motor empurra o
carro com vontade e vigor e ainda produz um ronco que entusiasma, como
não poderia deixar de ser em um modelo da marca bávara. A vontade é de
fazer todas as saídas de semáforo com o pé no fundo do assoalho, para
sentir o soco nas costas, ver o mundo passar mais rápido e escutar o
belíssimo ronco do motor e do escapamento, música para qualquer
entusiasta.
A caixa automática tem seis marchas e, atrás da alavanca seletora, está
o comando do auxílio de arrancada em aclive, que mantém os freios
acionados até que o carro comece a rodar. A tração atua nas quatro rodas
todo o tempo, com repartição de 40% à frente e 60% à traseira em
condições normais. Para controlar a divisão de torque
entre as rodas há o ICM (Integrated Chassis Management,
gerenciamento integrado de chassi), responsável por gerenciar o xDrive,
o DSC e o DPC (saiba mais).
Para quem gosta de uma tocada esportiva, dirigir um BMW é
sempre prazeroso, e não poderia ser diferente no X6. Ainda que esteja evidente a origem em
um utilitário esporte — seja pelo porte, seja pela altura do solo —, ele
contorna curvas com grande
estabilidade e neutralidade. Chega-se a esquecer que se está em um carro
grande e alto, pois as sensações são de um
automóvel baixo e esportivo.
A suspensão é firme, mas não desconfortável, apesar da largura e do
perfil baixo dos pneus. Sentem-se as imperfeições do piso e eventuais obstáculos, mas
sem que isso incomode. O veículo avaliado não trazia a
suspensão pneumática com controle eletrônico, opcional para o xDrive 35i e de série no 50i. Com esse equipamento, que inclui
estabilizadores de ação variável, a transmissão de obstáculos deve ser
bastante minimizada, já que a suspensão se adapta ao piso.
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