Sem as linhas retas do Stilo,
o Bravo agrada pelo aspecto esportivo, que lembra o do Alfa Romeo Brera |
De
anos difíceis ninguém tem saudades, mas tempos de crise muitas vezes
ajudam a estabelecer um futuro melhor. Foi o que ocorreu com a Fiat
italiana, que das dificuldades do passado recente saiu fortalecida,
mérito de uma competente reestruturação, da valiosa ajuda da Fiat
brasileira (que sempre foi lucrativa nos anos ruins da matriz) e, claro,
de novos produtos que viraram o jogo e salvaram a empresa.
Muitas novidades surgiram nesse verdadeiro renascimento da Fiat. Novas
gerações de antigos sucessos da marca como o
Cinquecento, o Panda e o
Croma viram a luz, mas também nasceram
veículos totalmente inéditos como o Sedici, a Idea e o
Grande Punto. Destas novidades, as
duas últimas já rodam entre nós — no Brasil é apenas Punto, mas apesar
do nome reduzido é o mesmo automóvel. Estes novos Fiats agradaram aos
italianos e, ao que parece, estão também conseguindo reconquistar o
mercado perdido nos restantes países da comunidade econômica européia. E
foi lá, na velha Europa, que rodamos com a mais recente das novidades da
Fiat, o Bravo.
O nome é velho, mas o carro é todo novo. Esqueça o antigo
Brava, lançado na Itália em 1995
(que viveu entre nós de 1999 a 2003 e foi substituído pelo Stilo), assim
como a versão de três portas homônima à novidade, que quase desembarcou
no Brasil e teve o lançamento abortado. Entre o novo Bravo,
recém-lançado na Itália (março), e seus antecessores há pouco em comum.
É genuíno representante de uma nova geração de Fiats que quer, e parece
realmente poder, estabelecer um padrão maior e melhor para a marca.
As linhas do Bravo lembram as do Alfa
Romeo Brera e trazem elementos presentes no Punto, tais quais os
grandes faróis cobertos por uma ampla lente de
policarbonato, o capô inclinado e a
linha de cintura alta, que aponta para cima em direção à traseira grande
e arredondada. Enquanto no Punto as lanternas traseiras estão nas
colunas, no Bravo lentes ovaladas determinam o limite das laterais e,
acima destas, começa o vidro traseiro de pequenas dimensões. São linhas
arredondadas as do novo médio, mas que exalam esportividade com ângulos
acentuados.
Continua |