Frente reestilizada como a do
Evo italiano, lanternas traseiras com leds e novo painel vêm desde o
Punto Attractive, agora com motor Fire Evo
O Essence mantém o motor de 1,6
litro e oferece câmbio Dualogic entre os muitos opcionais; até o
logotipo mudou, perdendo o "senhor Ponto"
Novos instrumentos, difusores
de ar e seção central do painel, que usa diferentes cores conforme a
versão (bege no Essence com kit Emotion) |
Lançado há cinco anos, o Fiat Punto brasileiro — correspondente ao
Grande Punto que a Fiat italiana apresentara em 2005 — foi um daqueles casos de
desenhos tão bem-sucedidos que atravessaram o tempo sem aparentar a idade. Na
Europa havia surgido já em 2009 uma nova interpretação para o estilo do estúdio
ItalDesign de Giugiaro, chamada de
Punto Evo, que conviveu com o modelo original. É essa versão que a Fiat
agora adota no Brasil como o Punto 2013, que traz ainda uma reformulação do
painel e pequenas alterações de ordem técnica.
Foram mantidas as versões Attractive, com motor Fire de 1,4 litro, ao preço
sugerido de R$ 38.570; Essence, com o E-Torq de 1,6 litro e 16 válvulas, que sai
a R$ 41.750 com câmbio manual e R$ 44. 140 com o automatizado Dualogic;
Sporting, com o E-Torq de 1,75 litro e 16 válvulas, por R$ 46.400 com manual e
R$ 48.770 com Dualogic; e TJet, que usa motor turbo de 1,4 litro e 16 válvulas e
câmbio manual, a R$ 55.740. Toda a linha passa a vir com bolsas infláveis
frontais e freios com sistema antitravamento (ABS) e
distribuição eletrônica de força entre os eixos (EBD) de série (confira
os equipamentos e opcionais).
Alterar um bom desenho nunca é fácil e o novo Punto exemplifica bem essa
dificuldade: a reação inicial
dos leitores do Best Cars parece ter sido pouco favorável. A grande
mudança está na frente, com um amplo elemento central que engloba grade, a faixa
de colocação da placa der licença, tomada de ar inferior, luzes de direção e
faróis de neblina. A peça vem em preto fosco nas versões Attractive e TJet e
brilhante nas demais. O emblema da Fiat, antes na grade, agora vem em uma faixa
cromada (cinza no TJet) que lembra os "bigodes" do
500, servindo como elemento de identificação da marca. Embora novos, os
faróis continuam sem duplo refletor.
Na vista traseira, um elemento no para-choque como o da frente é o que mais
chama atenção, mas há também lanternas redesenhadas (de mesmo formato) com uso
de leds nas luzes de posição em vez de lâmpadas.
Na quinta porta, o emblema da Fiat passa a servir para abertura (basta empurrar)
e não há mais furo para inserção de chave. Muda também o logotipo do carro, com
um ponto estilizado na letra "T" (em preto, mas vermelho para Sporting e TJet) e
não mais o "senhor Ponto" que compunha a letra inicial e sugeria um motorista de
braços esticados. Além de alterar rodas e calotas, a fábrica aplicou frisos de
proteção nas portas — que o brasileiro reivindica, mas chegam na contramão das
tendências de estilo.
No interior, o alvo da reestilização foi o painel de instrumentos. Refeito por
inteiro, ele traz mostradores maiores, difusores de ar circulares (antes
retangulares) nas laterais e seção central com elementos mais separados.
Perdeu-se a oportunidade de estreitar um pouco essa região para eliminar o
desconforto — e até risco em caso de colisão — ao passageiro de ter uma parte do
painel junto a seu joelho esquerdo.
Surgiu um porta-objetos no topo do painel e uma ampla área agora vem em
diferentes padrões de cores, conforme a versão: azul na Attractive, cinza na
Essence, bege na mesma versão com Kit Emotion, preto no Sporting e variável
conforme a cor externa no TJet. Também são novos os painéis de porta, iluminação
de instrumentos e comandos em branco, guia de luz no painel e nas maçanetas,
alavanca para o câmbio Dualogic, rede porta-objetos no console central e o rádio
CD/MP3 com porta USB. Curioso ter sido mantido o volante — embora ótimo —, já
que é um dos itens de substituição mais comum nesses casos.
À parte as novidades de aparência, há poucas em termos de funções. Uma delas,
restrita à versão TJet, é o seletor DNA, sigla para seus três programas de uso
(Dinâmico, Normal e Autonomia). O primeiro faz com que o acelerador tenha
atuação mais rápida, no sentido de aumentar a abertura da borboleta com a mesma
posição de pedal para um comportamento mais ágil. Ele também aciona as
indicações de momento ideal de troca para marcha superior, com fins de
desempenho, e da atuação da turbina em barras. Se o modo Normal segue os
parâmetros usuais, a seleção Autonomia faz aparecerem indicações para subir e
para reduzir marchas, com o objetivo de economia de combustível, e uma escala
progressiva de consumo instantâneo.
Condução eficiente é também o objetivo do Eco:Drive, sistema já presente no Fiat
500. Vinculado ao opcional Blue&Me, ele analisa as rotas percorridas pelo
motorista, coletando inúmeras informações, e pode transmitir dados sobre
emissões e eficiência a um pendrive ou celular com tecnologia Android acoplado à
entrada USB no painel. Depois, as informações são lidas em um computador com
infográficos detalhados sobre desempenho do carro, nível de emissões, a redução
obtida em consumo (em litros e em reais) e a de gás carbônico (CO2).
De resto, o Punto passa a indicar a proximidade de obstáculos na traseira (caso
tenha sensores de estacionamento, opcionais) em
um gráfico no quadro de instrumentos, ao lado do sinal sonoro, e a acionar o
pisca-alerta em caso de frenagens intensas, com desaceleração maior que 7 m/s² e
velocidade igual ou maior que 50 km/h. A função permanece ativa até que a
desaceleração atinja 2,5 m/s².
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