Sutis na traseira, as
mudanças são abrangentes na frente, com enorme grade cromada e faróis
mais atuais; as rodas do Limited são de 20 pol
Em um interior mais moderno,
telas digitais multifunção no quadro de instrumentos e revestimento em
couro cinza claro na versão de topo |
Um pouco precoce para um modelo que chegou ao mercado brasileiro há
apenas dois anos, a remodelação pela qual passou em fevereiro, nos
Estados Unidos, o utilitário esporte Ford Edge já é apresentada por
aqui. Não há grandes transformações nesse exemplo da tendência crossover
— que mescla elementos de utilitários e automóveis —, mas um refinamento
geral que afetou aparência, interior e mecânica.
Agora são duas versões de acabamento, com a mesma mecânica e bom
conteúdo de série. A SEL, ao preço sugerido de R$ 122.100, vem com seis
bolsas infláveis (frontais, laterais nos bancos dianteiros e cortinas
para os ocupantes da frente e de trás),
controle de estabilidade com monitor de inclinação da carroceria,
ajuste elétrico dos bancos dianteiros (em 10 direções para o motorista e
seis para o passageiro) e seu aquecimento, ar-condicionado de duas
zonas, computador de bordo, bancos de couro, chave configurável,
rebatimento automático do banco traseiro e rodas de 18 pol com pneus
245/60, cuja pressão é monitorada.
Quem optar pela Limited, de R$ 133.910, leva acesso à cabine e partida
do motor sem chave, sistema MyFord Touch (mais sobre ele adiante),
câmera de ré para orientar manobras, abertura e fechamento automático do
porta-malas, partida remota do motor, sistema de áudio Sony de maior
qualidade com interface Sync, monitor de pontos cegos e tráfego cruzado,
limpador de para-brisa automático, bancos com memória e acabamento em
couro cinza claro em vez de preto, além de rodas de 20 pol com pneus
245/50 e materiais de acabamento diferenciados. Com a opção do teto
solar panorâmico, passa a R$ 142.610. A garantia é de três anos.
Elegância é uma palavra que serve para definir o todo do novo Edge.
Embora o modelo anterior já usasse uma
grade de três lâminas cromadas, de acordo com o padrão atual da Ford
norte-americana, o desenho retilíneo não cativava os olhos. Com a nova
frente, de grade enorme e faróis mais trabalhados, o aspecto ficou bem
mais imponente. Ainda são novos capô, para-lamas, para-choques,
lanternas e defletor traseiro.
Houve ganho expressivo também no interior, em que as linhas retas foram
trocadas por curvas no painel, no volante e nas portas — o conjunto
anterior parece um tanto ultrapassado quando comparado ao novo. O banco
do motorista agora tem ajuste elétrico integral; antes o encosto usava
regulagem manual. No console, o apoio de braço e porta-objetos tem forma
inspirada nas obras do gênio da arquitetura Frank Lloyd Wright. O
sistema Sync, que já contava com tela no centro do painel para controle
de áudio e outras funções, passa à segunda geração com tela maior (8 pol)
que comanda ar-condicionado, telefonia e som, além de ter duas entradas
USB, leitor de cartão de memória e entrada de áudio e vídeo (RCA).
Lamenta-se que a função de navegador por satélite continue inativa por
falta de mapas apropriados.
À frente do motorista, o quadro de instrumentos tradicional com
mostradores brancos deu lugar a um conjunto digital, o MyFord Touch,
apenas no Limited (o SEL mantém conta-giros analógico e uma tela digital
no centro). Ao lado do velocímetro analógico estão duas telas de LCD
coloridas de 4,2 pol e, por meio de dois botões de cinco pontos no
volante, o condutor personaliza as telas e controla suas funções. Os
comandos também podem ser feitos por voz. A Ford usou cores diferentes
para cada categoria: vermelho para entretenimento, azul para
climatização, amarelo para telefone e verde para informações. Funções
como monitoramento de pontos cegos, alerta de tráfego cruzado e câmera
de ré são mostradas ali.
Continua |