O 308 é mais longo, largo e
baixo que o 307, o que lhe dá proporções mais esportivas, mas o tema de
estilo já conhecido foi reinterpretado
Os faróis não usam refletores
elipsoidais nem lâmpadas de xenônio; no para-choque do Feline, uma linha
de leds junto a cada farol de neblina
As versões de 1,6 litro vêm
com as rodas de alumínio de 16 pol (acima) de série; o motor de 2,0
litros traz as de 17 pol, vistas nas outras fotos |
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Enfim a categoria dos hatches médios, que andava estagnada no mercado
nacional, volta a receber atenção de outros fabricantes — há pouco mais de um
ano houve a estreia do Fiat Bravo. Enquanto se esperam lançamentos como o
Chevrolet Cruze e o Hyundai I30 de segunda geração, a Peugeot apresenta o 308
fabricado em El Palomar, na Argentina, que substitui o 307 faltando apenas dois
meses para que este completasse 10 anos de vendas no Brasil.
Foram definidas cinco opções para o 308 "brasileiro": Active com motor de 1,6
litro e câmbio manual, pelo preço de R$ 54 mil; Allure de mesma mecânica, R$ 57
mil; Allure com motor de 2,0 litros e câmbio manual, R$ 60 mil; Allure 2,0 com
caixa automática de quatro marchas, R$ 64 mil; e Feline 2,0 automático, R$ 71
mil (veja equipamentos de série). As versões
1,6 e a Allure automática seguem os preços das três opções do 307. Com garantia
de três anos, a Peugeot espera vender 12 mil unidades do 308 até o fim de 2012,
a começar de março. Ainda este ano chegam o motor 1,6 turbo de 165 cv com câmbio
automático de seis marchas, como no
408 Griffe THP, e o cupê
conversível 308 CC, bem-vinda sucessão
ao derivado do 307.
O êxito do desenho de seu antecessor explica por que o 308 se parece tanto com
ele, embora tenha proporções mais esportivas. Os menos atentos poderiam pensar
que se trata de reestilização parcial, tamanha a semelhança da parte central da
carroceria, sobretudo no formato de portas e janelas laterais. O tema Peugeot
com a grande tomada de ar frontal e os faróis e lanternas traseiras alongados
foi mantido, mas há diferenças importantes como a linha de cintura mais alta, em
ascensão rumo à traseira, e os vincos laterais mais marcantes.
Na frente, o emblema do leão aplicado à própria carroceria, sem tela preta por
trás, é uma diferença para a versão hoje vendida na Europa. O para-choque
dianteiro traz leds para luz diurna na versão
Feline, um charmoso item de segurança, mas foram abolidos os faróis
elipsoidais do 307 e não há opção por
lâmpadas de xenônio. Felizmente, pela demora em
lançar o modelo por aqui — existe na França desde junho de 2007 —, a Peugeot
passou direto ao modelo reestilizado dos europeus, sem a estranha saliência na
extremidade do capô usada pela versão
anterior.
Comparado ao 307, o novo carro cresce de 4,20 para 4,27 metros de comprimento e
de 1,74 para 1,81 m de largura, enquanto a altura diminui de 1,54 para 1,50 m. A
distância entre eixos inalterada, 2,61 m, sugere que a arquitetura básica foi
mantida do antecessor, assim como os mesmos arranjos de suspensão. Boa notícia é
o aumento discreto de peso, que na versão de entrada passa de 1.302 para 1.318
kg — seria melhor se o 307 já não fosse um carro muito pesado para a categoria a
seu tempo.
O interior repete, não por acaso, o aspecto do sedã 408: embora diferentes no
desenho externo e no entre-eixos, esses modelos derivam da mesma arquitetura e
compartilham praticamente todo o ambiente interno. Isso deixou o 308 com um
jeito algo tradicional por dentro, que poderia dar lugar a formas mais ousadas.
Mas o acabamento é correto, com plásticos de boa aparência, e o motorista
desfruta uma posição confortável e com amplas regulagens de banco e volante.
Um detalhe das versões superiores que agrada muito é a enorme área envidraçada
obtida com o teto de vidro de 0,83 m² de área, que se soma ao grande para-brisa.
Com a cobertura interna aberta, produz sensação de liberdade e espaço, mas o
vidro não se abre — arranjo mais comum na Europa, onde é comum curtir o sol em
dias de temperatura ainda baixa. Para nosso clima, o efeito colateral é a
exposição aos raios solares, inevitável até pelo para-brisa inclinado. Segundo a
Peugeot, o ar-condicionado foi reforçado para o mercado brasileiro em função da
maior insolação. No vidro, uma faixa degradê reduziria parte dessa exposição.
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