Miscelânea de estilos

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Com um desenho moderno mesclado a inspirações no passado, o
Peugeot RCZ vem oferecer diversão ao volante por R$ 140 mil

Texto: Geraldo Tite Simões - Fotos: divulgação

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Elementos modernos e nostálgicos mesclam-se com bom gosto no RCZ, que é derivado da plataforma do 308 e anda bem com o motor de 165 cv

Avaliar um novo carro em autódromo tem algumas vantagens: a segurança de poder elevar os limites, a certeza de um piso de ótima aderência e sem buracos, áreas de escape e, em caso de emergência, uma ambulância logo ali, de prontidão. Mas também traz um pouco de frustração, porque uma hora temos de parar, bem no momento mais divertido. Em especial quando o carro avaliado é um cupê esportivo de 2+2 lugares, feito sob medida para rodar por quilômetros a fio em estradas cheias de curvas.

Assim é o Peugeot RCZ, que já está nas concessionárias da marca e que exigiu apenas dois anos — de 2007 a 2009 — para sair da prancheta como carro-conceito e chegar às ruas europeias. Revelado no Salão de São Paulo no ano passado, ele deriva da plataforma do hatch 308 e começa a ser vendido em versão única, com o motor turbo de 1,6 litro já conhecido da minivan 3008, câmbio automático e farto conteúdo de série, ao preço sugerido de R$ 139.900 e com garantia de três anos.

O valor pode parecer salgado, mas cabe considerar que inclui o aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para importados, enquanto algumas marcas mantêm por certo tempo os preços antigos. O concorrente mais próximo é o Mini Coupe Cooper S, que usa o mesmo motor 1,6 turbo (só que com 184 cv ante 165 do Peugeot) e câmbio automático e sai por R$ 149.950. Modelos de prestígio como Audi TT, Mercedes-Benz SLK e BMW Z4 giram ao redor de R$ 200 mil.

A lista de equipamentos de série, ampla, passa por bolsas infláveis frontais e laterais, controle de estabilidade e tração, faróis de xenônio com função autodirecional, monitor de pressão dos pneus, ajuste elétrico e aquecimento dos bancos dianteiros, memória de posição no do motorista, computador de bordo, revestimento interno em couro. ar-condicionado automático de duas zonas, controlador e limitador de velocidade, sensores de estacionamento dianteiro e traseiro, faróis e limpador de para-brisa automáticos e sistema de áudio com amplificador digital JBL de 240 watts, interface Bluetooth para telefone celular e comando na coluna de direção.

À primeira vista já se percebe que é um carro de nicho, para brigar em uma fatia na qual o mercado brasileiro deve chegar a 15 mil unidades até o fim do ano. Por isso mesmo a previsão inicial é modesta, com a importação do primeiro lote de 200 unidades da fábrica da Magna Steyr na Áustria. Mas se espera algo como 30 a 40 unidades por mês em 2012, salvo oscilações nas regras de importações e impostos.

Não há como olhar para o RCZ — o primeiro automóvel da Peugeot batizado apenas com letras, sem números — e não pensar no Audi TT. Eles são mesmo parecidos, mas com estilo um pouco mais moderno no modelo da marca francesa. Algumas soluções de desenho foram muito bem elaboradas como o teto dividido, formando duas bolhas, que lembra clássicos projetos de Zagato para a Alfa Romeo e passa a clara impressão de ser um carro para duas pessoas, apesar do relativo espaço para dois passageiros atrás.

De lado, destacam-se os arcos de alumínio que emolduram as janelas, em especial nas unidades com cor contrastante. Olhado por cima, tem-se a sensação de que um mesmo vidro vai do teto até o encontro com a tampa do porta-malas, sugerindo um teto conversível. Solução de resultado muito bonito e moderno. Os para-lamas salientes e com curvas suaves, somados ao vinco baixo que percorre as laterais, também levam a lembrar o saudoso Volkswagen Karmann-Ghia — um toque retrô de bom gosto.

Já a parte dianteira tem a inegável assinatura da marca Peugeot, com a enorme grade, os faróis amendoados com refletores elipsoidais e os vincos subindo até o para-brisa, com o logotipo em destaque. O capô conta com sistema pirotécnico que o levanta em 65 mm, em 0,1 segundo, para proteger uma pessoa que seja atropelada do impacto contra os órgãos mecânicos abaixo dele. Continua

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Data de publicação: 20/10/11

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