Cavalos de raça aprimorada

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E são 400 sob o capô traseiro do novo Porsche 911 Carrera S,
um esportivo que não abre mão do conforto e da eficiência

Texto: Fabrício Samahá - Fotos: Vinicius Nunes/divulgação

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Por enquanto a geração 991 chega apenas na versão Carrera S, com o motor de 400 cv e opção de conversível; o preço parte de R$ 639 mil

 
 
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O Cabriolet, que custa R$ 60 mil a mais, conserva um pequeno banco traseiro; tem capota macia com comando elétrico e tela contra vento

A clássica silhueta pode ser muito parecida com a daquele primeiro modelo, apresentado no Salão de Frankfurt de 1963 ainda com a designação 901, mas não se engane: por baixo dela está um Porsche 911 quase totalmente novo, que guarda apenas 10% de componentes inalterados da geração anterior.

Lançado em setembro no mesmo evento alemão que trouxe ao mundo o primeiro da série, o novo 911 — código de projeto 991 — chega agora ao Brasil na versão mais potente das duas disponíveis na origem, a Carrera S. Há escolha entre as carrocerias cupê e conversível, pela primeira vez lançadas em simultâneo, aos preços sugeridos de R$ 639 mil e R$ 699 mil, na ordem. Para cá ele vem apenas com o câmbio manual automatizado PDK de dupla embreagem e sete marchas — nada de pedal de embreagem, portanto.

A concorrência é composta basicamente pelo Audi R8 com motores V8 (R$ 555 mil) e V10 (R$ 696,5 mil), o Aston Martin V8 Vantage (R$ 600 mil) e os Maseratis GranTurismo S cupê (R$ 750 mil) e GranCabrio, o conversível (R$ 800 mil). Já o Ferrari mais próximo, o 458 Italia, sai por "apenas" R$ 1,6 milhão, e o Lamborghini mais "barato", o Gallardo LP 550-2, por R$ 1,45 milhão. Perto deles, o 911 é uma pechincha.

A Porsche sempre foi cuidadosa ao remodelar o 911 e não faria diferente dessa vez. Apesar de alterações importantes, como o aumento em 10 centímetros da distância entre eixos, o carro é identificado com facilidade de qualquer ângulo. É de traseira que ele mais se diferencia do anterior (código 997), pelas lanternas esguias, mas há outras novidades como os retrovisores que "nascem" nas portas, em vez da extremidade das janelas. O aerofólio traseiro ergue-se ao se alcançar a velocidade de 120 km/h, mas pode ser levantado por um comando no console. O coeficiente aerodinâmico (Cx) é muito bom para um esportivo: 0,29.

Dentro do novo 911, o primeiro item a chamar a atenção é o console central alto e com vários botões, inspirado no do Panamera. Também remete a esse modelo de luxo o acabamento mais sofisticado e com materiais mais refinados que na geração anterior, o que inclui couro até mesmo no painel e camurça sintética no forro do teto. Os bancos contam com amplos ajustes elétricos e memórias no do motorista. Já no banco traseiro o espaço e o conforto são ínfimos: o espaço serve mais para levar alguns volumes sem precisar recorrer aos porta-malas (são dois, um à frente e um atrás).

Se o conta-giros de fundo cinza permanece em destaque no centro do quadro de instrumentos, a tela à sua direita é multifunção: serve ao computador de bordo, a indicadores diversos (como pressão e temperatura do óleo), a mensagens de alerta, a um indicador de força g nos dois eixos (longitudinal e transversal) e ao navegador por GPS, em repetição à tela retangular do painel central. Abaixo do conta-giros vem a repetição digital do velocímetro e, no topo do centro do painel, um cronômetro.

A série de comandos no console, atrás da alavanca do câmbio PDK, é mais intuitiva de usar do que se espera. Três botões acionam o teto solar, que é de aço (por isso não permite passagem apenas de luz) e corre por fora, para não prejudicar o espaço interno; um ergue ou abaixa o aerofólio; outro desativa o sistema de parada e partida automáticas do motor; e um desliga por inteiro o controle eletrônico de estabilidade.

Outros comandos, Sport e Sport Plus, colocam o 911 em programas mais esportivos, que afetam parâmetros como resposta do acelerador, pontos de trocas automáticas de marcha e atuação do controle de estabilidade. O Sport Plus ainda torna o som do motor mais audível na cabine, como veremos adiante, e aumenta a carga dos amortecedores, que ficam mais firmes. Botões específicos permitem tanto adotar os mesmos padrões, sem estar em Sport Plus, quanto usar Sport Plus com tais parâmetros em modo normal.

   

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Data de publicação: 18/4/12

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