Transmissão automática chega à versão 1,6 de Polo e Virtus e, em alguns dias, também a Gol e Voyage
Na arrancada para manter crescimento, fazer lucros e retomar liderança perdida há 15 anos, Volkswagen desenvolveu projeto de produtos e R$ 7 bilhões em investimentos. Realiza a maior ofensiva de mercado no Brasil, alinhando mostrar 20 lançamentos até 2020. Num leque de ações, desde a adoção do rótulo de Nova Volkswagen para assinalar nova postura a públicos interno e externo e revendedores, até a consciência da bobeada de não possuir utilitários esporte em sua grade de produtos locais.
Agora, assumindo a distribuição de seus produtos para a América Latina, inicia passos com criação de versões de produtos já existentes. Primeiros deles, Polo e Virtus com opção de transmissão automática para o motor de 1,6 litro. Intenta aproveitar a desorganização do trânsito das cidades para oferecer o equipamento pró-conforto. Também, segmento importante, satisfazer demanda de pessoas com deficiência – PCD. Adicionará às características o fato de serem projetos modernos, contidos em peso, com o menor custo de reparabilidade, e os mais bem-classificados no item segurança.
Aliás
Para ampliar vendas da nova família Polo e Virtus, construídos sobre a plataforma modular MQB, VW quer ter novidades no Salão do Automóvel, em São Paulo: versões GTS de ambos os modelos. Sigla intenta identificar versões com aparência e melhor desempenho. Identificador maior, o motor 1,4 litro com injeção direta e turbo, 150 cv e 25,5 m.kgf de torque. Pontos decorativos como ser rebaixados em 1 cm, rodas em liga leve de 18 pol, decoração interna inspirada no Polo europeu.
Empresa apresentará nesta semana Gol e Voyage com transmissão automática e motor 1,6 EA211. Os arranjos para Polo e Virtus enzimatizaram a decisão de fazer. Com isto empresa abre enorme leque de preços e opções para reter e conquistar clientes.
Cupê, ágil e para poucos, o Civic Si
Honda mudou o seu modelo líder de tecnologia na família Civic, e sinaliza qual o futuro. Modelo 2019 do Si é um cupê com motor que, antes aspirado, representa o novo caminho: 1,5-litro turbo. É coerente na proposta quase individualista – ante a contida quantidade oferecida. Preço equilibrado, R$ 162 mil; é muito bem ajustado mecanicamente, permitindo segurança e desempenho ao condutor. Motor tem a mesma base do oferecido no Civic Touring sedã, mas apresenta alguns ajustes diferentes, produzindo 208 cv e 25,5 m.kgf de torque, entregues à caixa manual de seis marchas.
Mantém a tradição de boa compatibilidade entre os órgãos mecânicos – motor, transmissão, suspensão, freios e direção com relação variada. Suspensão adaptativa, modos de regulagem do motor, pneus de alto desempenho integram o projeto. Questão básica é a quantidade, apenas 60 unidades neste ano. Honda informa ser disponível em todos os revendedores da marca, mas realidade é mais crua: todos podem vendê-lo, mas vê-lo no salão de exposições será raridade – a rede Honda é numericamente quase quatro vezes maior ante o volume a ser importado. E das seis dezenas, deduza uma unidade: presidente da Honda no Brasil, Issao Mizoguchi foi a um revendedor paulistano, não aceitou desconto, e adquiriu a primeira unidade liberada. Assim, querendo, quebre o porquinho e corra.
Roda a Roda
Também – Não se sabe se influência brasileira nos costumes mercosulinos, governo argentino por sua Dirección Nacional de Defensa del Consumidor convocou Volkswagen e FCA a fazer recall no novo Tiguan Allspace e nas picapes Ram 1500 e 2500. É a primeira intervenção do órgão. Antes assunto corria por conta dos importadores.
O quê – No caso do Allspace, nova versão de 7 lugares, problema está no eixo dianteiro, com risco de perda de tração, e na bolsa de ar em frente ao motorista – montada erroneamente pelo fornecedor. Na Ram o problema técnico se localiza na alavanca de câmbio, capaz de cair da posição Parking (estacionado) para Drive, andar.
Definição – Administrando doses homeopáticas – forma de preparar o mercado e manter atenções até o lançamento – Volkswagen informou ter definido motorização das primeiras séries do T-Cross: 1,0 e 1,4 com injeção direta e turbo. Transmissão automática de seis marchas. Depois, versão 1,6 aspirada e caixa manual. Leitor já percebeu, turbo marca o futuro – e separa classes.
Visão – Piloto Lucas Di Grassi será um dos palestrantes no Global Agrobusiness Forum. Encontro mundial em São Paulo reúne especialistas em negócios para aproveitar visões no segmento. Grassi falará sobre o Futuro da Mobilidade e as tecnologias mutantes do dia a dia do universo motorizado, e o automobilismo como laboratório propagador da nova matriz energética.
Derrapagem – Nota da coluna passada, a respeito de filme incluindo o desenvolvimento do Ford GT 40 como ferramenta mecânico-emocional para infringir derrota acachapante à Ferrari, suprimiu informação importante: a Ford estava comprando a marca italiana e, à hora da assinatura, o Comendador Enzo pronunciou algumas palavras em dialeto da Regio Emilia, levantou-se, saiu.
E? – Toda a entourage, Leo Beebe, negociador da Ford, advogados, aspones, o tradutor oficial, ficou sem entender informação e postura, sentados, à espera do retorno de Ferrari – nunca ocorrido. Daí a reação de Henry Ford II, o neto, em franquear orçamento para criar carro e equipe para derrotar a marca italiana nas 24 Horas de Le Mans, mítica corrida de resistência na França.
Leitores – Luciano Brasil, engenheiro no Senado Federal, cobrou a ausência do porquê, e Alain Tissier, ex-Vice-Presidente da Renault, à época estudante, aduziu ter assistido às edições onde os Ford GT 40 venceram a Ferrari.
Mercado – Kawasaki busca nova clientela e investiu na transformação de seu modelo Ninja H2 SX SE. Investiu em todos os setores da motocicleta para transformá-la num veículo para dois usuários. Novo chassi em treliça, maior distância entre-eixos, motor revisado, mudança no rotor do compressor, retrabalho nas câmaras de combustão, angulação do comando de válvulas. Com isto o motor 1.000 faz 210 cv! Preço proporcional: R$ 130 mil.
Presença – VW iniciou vender na Argentina seu caminhão Constelation 25.360, motor Cummins 8,9 litros, 360 cv, 6×2, adequado à nova legislação de emissões.
Ainda não – Bom senso do governo de Maurício Macri freou estudos e possibilidades de a Argentina voltar a ser a prova de abertura da temporada de Fórmula 1. Para reduzir custos, adequariam o circuito de Oscar Galvez para a classificação Grau 1 da FIA, permitindo provas do mundial de F-1 e Motos. Mas a recessão no vizinho país e a forte desvalorização do dólar postergaram o interesse.
Solução – Se querem resolver, adotem a solução brasileira testada durante a passada Copa do Mundo de Futebol. Qualquer dos governadores brasileiros, destes empreendedores, construtores de estádios caríssimos, ociosos, sabe como gerir contas infladas, não entregar obras nos prazos e se esconder para não honrar o combinado. Tais mandatários, no governo Lulo-dilmo-petista assim o fizeram, saíram bem na fita e deixando-nos conta para pagar ad aeternam.
Coluna anteriorA coluna expressa as opiniões do colunista e não as do Best Cars